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A revolução silenciosa do blockchain nos bastidores financeiros

Blockchain deixou de ser "inimiga" dos bancos e instituições financeiras; entenda como o seu impacto pode se dar no sistema financeiro tradicional

(Reprodução/Reprodução)
LR
Lucas Rangel

Especialista de produtos de ativos digitais no BTG Pactual

Publicado em 7 de outubro de 2023 às 10h00.

Há mais de uma década, a tecnologia blockchain surgiu como uma alternativa ao mundo financeiro tradicional. Muitos a viam como uma ameaça ao sistema tradicional, uma ferramenta que poderia minar a autoridade dos bancos e instituições financeiras. No entanto, o cenário vem mudando drasticamente nos últimos anos.

O que começou como um adversário e tratado com aversão, agora está sendo abraçado por instituições financeiras, bancos centrais e gigantes do setor de investimentos. Aqui vamos explorar um pouco como isso aconteceu.

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• Repúdio inicial: A tecnologia blockchain surgiu com o lançamento do Bitcoin em 2008, uma criptomoeda descentralizada que prometia eliminar intermediários financeiros. No início, muitos no setor financeiro olharam com desconfiança e até mesmo repúdio para o bitcoin e outras criptomoedas. Eles a viam como uma ameaça aos seus modelos de negócios consolidados e temiam a falta de regulamentação. Essa etapa durou quase 10 anos.
• Evolução regulatória: À medida que o tempo passou, os governos começaram a perceber que o blockchain e as criptomoedas não eram uma moda passageira, mas sim uma inovação tecnológica legítima. A regulamentação começou a se desenvolver, criando um ambiente mais seguro e previsível para os investidores e instituições financeiras.
Adoção institucional: O momento decisivo veio quando grandes instituições financeiras, bancos centrais e empresas de investimento começaram a reconhecer o valor da tecnologia blockchain. No Brasil o BTG Pactual criou uma mesa de trading em 2017, o primeiro security token emitido por um banco em 2019 e a primeira stablecoin emitida por um banco esse ano. Fora do país também temos exemplos importantes, a Fidelity Investments, um dos maiores gestores de ativos do mundo, lançou sua divisão de ativos digitais em 2018, permitindo que seus clientes investissem em criptomoedas.
Criptomoedas estatais: Bancos centrais de várias nações começaram a explorar a ideia de criar suas próprias criptomoedas, conhecidas como CBDCs (Central Bank Digital Currencies). O Brasil com o Drex. A China lançou o yuan digital, enquanto o Federal Reserve dos Estados Unidos está estudando a emissão do dólar digital. Esses projetos usam a tecnologia blockchain como base, demonstrando a confiança das autoridades financeiras nessa inovação.

A evolução do blockchain, de uma tecnologia inicialmente repudiada pelo sistema financeiro, para uma tecnologia amplamente adotada e abraçada, é notável. A confiança das instituições financeiras, bancos centrais e gigantes do setor de investimentos no blockchain mostra que esta tecnologia veio para ficar e desempenhará um papel fundamental no futuro do sistema financeiro global.

À medida que o blockchain continua a amadurecer e se integrar nos sistemas financeiros tradicionais, podemos esperar uma maior eficiência, transparência e acessibilidade para todos os participantes do mercado financeiro. É uma revolução silenciosa que está moldando o futuro das finanças diante dos nossos olhos.

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