Esporte

Treinador do PSG e filho são detidos por acusação de racismo e islamofobia na França

Christophe Galtier teria reclamado que não poderia 'ter tantos negros e muçulmanos na equipe' do Nice, que comandava à época; o técnico nega as acusações e alega ser vítima de difamação

Paris Saint-Germain's French head coach Christophe Galtier holds a press conference at the club's "Camp des Loges" training grounds in Saint-Germain-en-Laye, norhthwest Paris on May 19, 2023. (Photo by JULIEN DE ROSA / AFP) (Photo by JULIEN DE ROSA/AFP via Getty Images) (JULIEN DE ROSA/AFP/Getty Images)

Paris Saint-Germain's French head coach Christophe Galtier holds a press conference at the club's "Camp des Loges" training grounds in Saint-Germain-en-Laye, norhthwest Paris on May 19, 2023. (Photo by JULIEN DE ROSA / AFP) (Photo by JULIEN DE ROSA/AFP via Getty Images) (JULIEN DE ROSA/AFP/Getty Images)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 30 de junho de 2023 às 07h47.

O treinador do Paris Saint-Germain (PSG), Christophe Galtier, e o filho, John Valovic-Galtier, foram detidos nesta sexta-feira, 30, no âmbito de uma investigação por suspeita de discriminação após acusações de racismo, informou o Ministério Público à AFP. Os jornais "L'Équipe" e "Le Monde" também destacaram a informação. Pai e filho estão sob custódia policial em Nice, no sudeste da França, disse o promotor Xavier Bonhomme.

Em meados de abril, o tribunal abriu uma investigação por suspeita de discriminação por motivos raciais ou religiosos. O técnico de 56 anos comandava o time do Nice na época em que teria cometido o delito.

O jornalista independente Romain Molina e o jornal RMC Sports haviam revelado dias antes a existência de um e-mail atribuído ao ex-gerente do Nice Julien Fournier. Em e-mail enviado a Dave Brailsford, diretor esportivo da Ineos, dona do Nice, Fournier denuncia palavras discriminatórias de Galtier em relação a uma parte do plantel do Nice, aludindo às origens e à religião de jogadores.

Galtier teria reclamado para Fournier, em agosto de 2021, que “não poderia ter tantos negros e muçulmanos na equipe".

Dave Brailsford, diretor esportivo da Ineos, dona do Nice, foi instado a tomar medidas contra “acontecimentos, atitudes e comentários totalmente inaceitáveis e intoleráveis, contrários aos meus valores, do treinador”, segundo o jornal "The Guardian". O treinador deixou o Nice em junho de 2022 para assumir o comando do PSG.

Founier prestou depoimento em maio. Segundo o jornal francês "L'Équipe", outros jogadores e dirigentes do Nice também foram ouvidos durante a investigação.

Galtier, que nega as acusações, denunciou Fournier e os jornalistas Daniel Riolo e Romain Molina por difamação, após receber ameaças de morte na internet.

A prisão ocorre dias antes de Galtier conhecer seu sucessor no banco do PSG. O ex-técnico da Espanha Luis Enrique Martínez é o grande favorito para substituí-lo.

Apesar de ter conquistado o décimo primeiro título do campeonato francês, Galtier foi informado no início de junho que não cumpriria o segundo ano de contrato, previsto até 30 de junho de 2024.

O ex-zagueiro teve uma temporada muito difícil no clube de maior prestígio que liderou após as passagens por Saint-Étienne (2009-2017), Lille (2017-2021) e Nice (2021-2022).

Acompanhe tudo sobre:PSGRacismo

Mais de Esporte

GP de Mônaco de F1 2024: horários e onde assistir ao vivo a corrida final

Em casa, Leclerc conquista a pole position no GP de Mônaco; Verstappen larga em sexto

Real Madrid x Real Bétis: onde assistir, horário e escalações pela La Liga

Jogos de hoje, sábado, 25, onde assistir ao vivo e horários

Mais na Exame