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Finalistas na Libertadores, Brasil e Argentina possuem diferenças no mercado de apostas; veja

Especialistas comentam sobre como os negócios no país vizinho estão muito mais avançados

Apostas esportivas: Enquanto no Brasil a regulamentação acabou de acontecer por parte do Governo, na Argentina ela já acontece há alguns anos (SeventyFour/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 2 de novembro de 2023 às 00h13.

Última atualização em 2 de novembro de 2023 às 00h22.

Nesta semana, Fluminense e Boca Juniors começam a decisão da tão sonhada final da Copa Libertadores 2023, em confronto que acontece sábado, 4, às 17h, no estádio do Maracanã.

E como funciona o mercado de apostas esportivas nesses dos países, já que esse é um assunto que está em muita evidência no Brasil?. Seja pelos recentes casos de manipulação de resultados, ou pela regulamentação por parte do Governo.

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Enquanto no Brasil a regulamentação acabou de acontecer por parte do Governo, na Argentina ela já acontece há alguns anos e ocorre a nível estadual. Cada região tem autonomia para fazer sua própria regulamentação com relação à apostas.

Quem explica é o advogado Eduardo Diamante Teixeira, sócio do Carlezzo Advogados e especialista em direito desportivo. "A regulamentação a nível regional facilitou com que a Argentina saísse na frente do Brasil. A província de Buenos Aires, por exemplo, possui legislação regulamentando a matéria desde 2019", explica o advogado.

Outra diferença entre Brasil x Argentina está no número de casas que patrocinam os clubes na divisão de elite. No Brasil, 19 dos 20 times são financiados por essas marcas - praticamente 100% - a única exceção é o Cuiabá.

"Não podemos deixar de falar do volume de dinheiro em forma de patrocínio que as casas de apostas estão colocando nos nossos times de futebol. Aqui no Brasil, quase todos os times da elite já têm patrocínio dessas empresas. Isso mostra o quão importante é esse mercado para o futebol", explica Cristiano Maschio, fundador e CEO da Qesh, instituição de pagamento que se posiciona na linha de frente ao facilitar operações no emergente setor de jogos online no Brasil.

No país vizinho, apenas 30% dos clubes são patrocinados por essas plataformas - dos 28 clubes da elite argentina, 9 possuem esse tipo de parceria, casos de River Plate, Racing Club, Rosário Central, Vélez Sarsfield, Godoy Cruz, Boca Jrs, Belgrano, Atlético Union de Santa Fe e Instituto Atletico Central.

"O Brasil é um dos últimos países do G20 a regulamentar apostas esportivas. Olhando o lado cheio do copo, devemos utilizar essa condição como uma vantagem competitiva de poder avaliar as lições aprendidas em cada um desses países e implementar uma regulamentação que ao mesmo tempo proteja os jogadores, atraia investidores e estimule o crescimento do mercado gerando empregos qualificados, impostos e desenvolvimento no Brasil de uma indústria relevante em todo mundo", avalia Marcos Sabiá, CEO do galera.bet, plataforma que patrocina o Campeonato Brasileiro e a CBB.

"Se fizermos uma análise das casas de apostas que patrocinam os clubes argentinos, podemos verificar que todas já operam regularmente no país e são hospedadas com domínio argentino ".ar", o que significa que o governo argentino já está arrecadando tributos e gerando empregos com o mercado das apostas esportivas, o que ainda não ocorre no Brasil", complementa Diamante, do Carlezzo Advogados.

Para Cristiano Maschio, da Qesh, o primeiro ponto que salta aos olhos é que é necessário correr para colocar as regulamentações de apostas esportivas em prática. "É urgente, seja a nível estadual ou federal. Veja como a Argentina se saiu bem ao dar essa responsabilidade para os governos regionais. Eles foram rápidos e já estão colhendo os frutos. Aqui no Brasil, apesar da gente ter começado a regular, parece que o jogo ainda não começou de verdade", aponta.

"A regulamentação das apostas esportivas é algo muito importante para que o mercado consiga crescer ainda mais no país. Esperamos que o Brasil aprove uma medida positiva para nosso setor. Nossa expectativa é de investir cada vez mais no esporte nacional e acreditamos que podemos contribuir positivamente", afirma Talita Lacerda, CEO da Bet7k.

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