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Em meio às finais, NBA inaugura quadra de basquete no Parque Vila Lobos, em SP

A quadra foi inaugurado na manhã de sexta-feira, 2, e está à disposição do público

NBA: liga norte-americana inaugura nova quadra em SP (William Lucas/Inovafoto/Divulgação)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 4 de junho de 2023 às 09h30.

Menos de 24 horas após o Denver Nuggets bater o Miami Heat e abrir 1 a 0 na série final da NBA, a liga norte-americana ficou mais uma bandeira no Brasil. A NBA Station, projeto de revitalização de quadras em parceria com a startup portuguesa Hoopers, deu nova cara ao Parque Vila Lobos, em São Paulo.

O local foi inaugurado na manhã de sexta-feira, 2, e está à disposição do público. O evento contou com a presença de ex-jogadores, influenciadores, o time de dança do Cleveland Cavaliers e o mascote do Milwaukee Bucks, além de membros da escolinha Jr. NBA.

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A NBA já contemplou alguns brasileiros de destaque em suas quadras. Leandrinho venceu o prêmio de sexto homem da liga em 2007, Nenê já foi muito cobiçado por diversas equipes, Anderson Varejão quase esteve em um All-Star Game e Tiago Splitter foi campeão com destaque nos Spurs em 2014. Entre 2015 e 2017, o Brasil era representado por nove integrantes na maior liga de basquete do planeta. Hoje só resta um: Raulzinho, dos Cavs. No entanto, essa final promete ser a mais vista da história em território nacional.

“O Brasil é um dos mercados com maior potencial de crescimento no mundo. A base de fãs triplicou nos últimos anos e saiu de 20 milhões em 2013 para mais de 60 milhões agora em 2023. A Hoopers chega ao Brasil justamente para isso, preencher essa alta demanda dos fãs e praticantes do basquete”, afirma André Costa, CEO da Hoopers, que lançou a sua plataforma de comunidade e aplicativo no país, focados exclusivamente para o basquete. “Vivemos um momento extremamente importante para a NBA aqui no Brasil, com mais de 46 milhões de brasileiros declarados fãs da liga no país. Temos uma parceria estratégica com a Hoopers, que nasce a partir da nossa parceria com o Arena Hub, e estamos muito contentes de saber que uma startup portuguesa aterrissa em território nacional trazendo essa expertise para conseguir realizar as reformas de quadra”, complementa Rodrigo Vicentini, Head da NBA no Brasil.

Os números citados são de um estudo da SportsValue, que também indica o mercado nacional como o segundo do planeta nas assinaturas do League Pass, plano de pay-per-view para a transmissão de todos os jogos, atrás somente dos Estados Unidos. As vendas de camisas também aumentaram por aqui em 67% comparado aos últimos anos. E, durante a pandemia, o basquete foi o segundo esporte mais procurado no Google pelos brasileiros, com 89% de interesse.

Com o aumento de fãs no país, a NBA nunca esteve tão presente no Brasil como agora. O escritório da liga no Brasil abriu 21 lojas em sete estados. São Paulo lidera com nove localidades, seguido pelo Rio de Janeiro, com quatro propriedades. Paraná possui três estabelecimentos, Rio Grande do Sul tem dois, enquanto Minas Gerais, Ceará e Santa Catarina abriram um negócio cada.

“É uma bola de neve. As audiências aumentam, os produtos são mais procurados e as franquias crescem. Hoje há muita demanda no Brasil em torno da NBA e a tendência é aumentar nas próximas temporadas. O basquete sempre foi tradicional no país, perdeu espaço para o vôlei, mas agora recuperou o posto de segundo esporte do brasileiro com a força que ganhou a liga norte-americana por aqui”, comenta Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports, agência de marketing esportivo.

Além das lojas oficiais, a liga de basquete tem atuado com projetos sociais e hoje possui uma licença de escolinhas, chamada NBA Basketball School. Professores são preparados  com seu método único de ensinamento para transmitir a cultura do esporte para os mais jovens. Foi feito também outras revitalizações de quadras, como a do Beco do Nego, no bairro da Vila Madalena, em São Paulo, em parceria com o Cleveland Cavaliers. O evento contou com a participação Anderson Varejão.

A parceria entre NBA e Brasil alcançou um novo patamar após a inauguração de um parque temático em Gramado, no Rio Grande do Sul, na metade de abril. O NBA Park é o maior parque da liga no planeta, com quadra oficial, restaurante, loja, e muitas atrações de entretenimento. O local tem capacidade para 4.000 pessoas.

“Um complexo desta magnitude atrai turismo não só do Brasil, mas também de todos os países vizinhos. A Argentina, por exemplo, também é apaixonada pelo basquete e pela NBA e deve levar visitantes em peso. O NBA Park afeta diversas áreas e impulsionará a receita da região de Gramado e do Rio Grande do Sul. É mais um grande projeto para fidelizar fãs e conquistar futuros consumidores”, analisa Ivan Martinho, professor de marketing esportivo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

Para cada uma das partidas das finais, a NBA organizará um enorme evento na NBA House. Novamente foi montada uma grande estrutura no Shopping Eldorado, com capacidade para 3.000 pessoas, e terá diversas atrações, como DJ, grupo de dança, games e stands de parceiros como Popeyes, Helmann’s, Gatorade, Camisa 23, Budweiser, Ruffles, Sadia, entre outros.

Nuggets e Heat disputam o titulo

Liderado pelo sérvio Nikola Jokic, duas vezes eleito o melhor jogador da liga, o Nuggets obteve a melhor campanha da temporada regular na Conferência Oeste e terá o mando de quadra na final, pois o Heat, seu adversário, classificou-se em oitavo. É somente a segunda vez que um oitavo desbanca os favoritos e chega à decisão. O outro autor do feito foi o New York Knicks, em 1999.

Jimmy Butler, grande peça da franquia da Florida, quer evitar o mesmo desfecho dos Knicks, derrotado pelos Spurs na ocasião. A tarefa, no entanto, não será nada fácil. De acordo com a Odds&Scouts, geradora de cotações, e também algumas plataformas de apostas esportivas, como Esportes da Sorte, Galera.bet e Casa de Apostas, o time do Colorado é amplamente favorito para ser campeão, principalmente após abrir 1 a 0. A PlayGreen ainda faz uma promoção especial para R$ 1.000 de depósito, sendo o primeiro palpite para as finais da NBA livre de risco, ou seja, o valor é devolvido em caso de erro.

A carta na manga de Miami para surpreender e tentar a virada tem nome e sobrenome: Tyler Herro. O jogador de 23 anos vinha sendo a válvula de escape ofensiva para Butler, mas não atuou em nenhum jogo dos playoffs, lesionado. A expectativa é de que o retorno aconteça já no jogo 2, em Denver, neste domingo (4). A bola subirá às 21h (de Brasília).

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