De Iza a Taylor Swift: o que especialistas falam da relação entre celebridades e atletas
Novo namorado da cantora americana ganhou quase 1 milhão de novos seguidores e viu explodir venda de camisas
Repórter da Home e Esportes
Publicado em 29 de setembro de 2023 às 16h58.
A notícia de que o jogador da NFL, Travis Kelce, está namorando ninguém mais ninguém menos do que Taylor Swift movimentou a web nos últimos dias. A cantora foi ao estádio Arrowhead, em Kansas City, no último domingo, 24, acompanhada pela mãe de Travis, para assistir ao jogo do time de futebol americano Kansas City Chiefs. Mais do que isso, Travis e Taylor deixaram o estádio juntos e foram vistos justos dentro de um carro, passeando pela cidade.
Essa relação entre o mundo das celebridades e a NFL, no entanto, é mais comum do que se possa imaginar. Talvez o caso mais célebre tenha sido entre Tom Brady e Gisele Bundchen, que ficaram juntos por 13 anos e tiveram dois filhos, se divorciando no final do ano passado.
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A cantora Kim Kardashian também teve envolvimentos com jogadores da NFL. O primeiro deles foi entre 2007 e 2009 com Reggie Bush, campeão do Super Bowl pelos Saints. Depois, em 2010, com Miles Austin, ex-wide receiver dos Cowboys. O namoro teria durado um ano.
Outro caso bastante conhecido foi da atriz e cantora Jessica Simpson com o ex-quarterback do Dallas Cowboys, Tony Romo. Eles ficaram juntos por dois anos, entre 2007 e 2009.
Mais recentemente, em 2018, aconteceu o divórcio da modelo, atriz e socialite americana Kendra Wilkinson com Hank Baskett, ex-jogador com passagens por Minnesota Vikings, Philadelphia Eagles e Indianapolis Colts. Eles ficaram nove anos juntos e tiveram um filho.
O relacionamento mais recente e ainda duradouro é o da cantora e modelo Ciara Princess com o quarterback do Denver Broncos, Russell Wilson. Eles estão juntos desde 2016 e tiveram uma filha.
União com celebridades gera ganhos aos atletas
Especialistas apontam que a relação entre celebridades e jogadores, sejam eles de qualquer esporte, geram engajamento entre públicos que não se conversam. No Brasil, um exemplo recente disso foi o namoro entre a cantora Iza e o volante do Mirassol, Yuri Lima.
Um exemplo é que Iza tem mais de 17,5 milhões de seguidores no Instagram, enquanto Yuri Lima, que é carioca e já foi jogador do Fluminense, possui 'apenas' 190 mil. No perfil do atleta, em junho deste ano, ele fez uma postagem ao lado da cantora e recebeu mais curtidas do que a quantidade que possui de seguidores - foram 247,357 mil likes.
"O que os atletas fazem fora de campo reflete diretamente na percepção do público em relação a eles. O fato de o atleta ter sua imagem vinculada a uma das principais cantoras do país hoje, naturalmente, faz com que ele fure sua própria bolha do futebol, abrindo possibilidades de novos negócios com marcas que, inclusive, podem não possuir posicionamentos e públicos voltados para o mercado esportivo. É um bom momento para que Yuri abrace os eventuais negócios de ocasião, levando-se em conta, claro, a seriedade e objetivos de cada projeto a ele oferecido", explica Renê Salviano, CEO da Heatmap, empresa especializada em marketing esportiva e que faz a gestão e captação de patrocínios com atletas, clubes, entidades e marcas.
“Hoje em dia costumamos falar que estamos vivendo a economia da atenção. A publicidade e os patrocínios estão para onde as pessoas estão olhando. E quando a gente analisa só o esporte, ele já é uma grande plataforma de comunicação, principalmente o de alto rendimento. Mas, quando se une o esporte de alto rendimento à indústria do entretenimento, da música, ou da cultura, explode ainda mais a capacidade de reter a atenção das pessoas. Então, quando se combina grandes atores, que são acompanhados por diferentes públicos, se extrapola a bolha das pessoas que são heavy users só do esporte, e você vai para um mundo muito maior, que tem um poder de engajamento sem limites”, analisa Bernardo Caixeta, gerente de marketing e relações esportivas da Penalty.
No caso de Travis, o jogador da NFL já vem sentindo os efeitos deste encontro. Nas redes sociais, ganhou mais de 700 mil de seguidores no Instagram entre domingo (24), dia do acontecimento, até esta quinta-feira (28) - passou dos 2,8 milhões de seguidores e agora conta com 3,5 milhões, de acordo com o serviço de rastreamento de estatísticas e análises de mídias sociais Social Blade.
Além disso, de acordo com relatório do TMZ_Sports, site americano de entretenimento, após a aparição Taylor Swift, as vendas de camisas de Travis Kelce - que veste a 87, tiveram um crescimento de quase 400% neste início de semana.
"Tudo que envolve a rotina e preferências de celebridades se torna naturalmente algo global. Relacionamentos como esses fazem com que o nome de esportistas sejam assunto para os fãs dos artistas, em qualquer lugar do planeta. Veríamos algo similar se um atleta de equipe de futsal brasileiro iniciasse um namoro com Shakira ou outra estrela desse porte", analisa Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil. A empresa de entretenimento norte-americana, comandada pelo cantor Jay-Z, se tornou acionista majoritária e controladora da TFM Agency, companhia com mais de vinte anos de experiência no futebol mundial e que gerencia as carreiras de Vini Jr, Lucas Paquetá, Endrick e Gabriel Martinelli.
"A Taylor Swift é conhecida mundialmente e um dos grandes nomes da atualidade. Logo, qualquer atleta, de qualquer modalidade, teria um impulso enorme em suas redes sociais quando da divulgação da notícia. É verdade, também, que sendo um jogador da NFL ajuda em muito a potencializar os ganhos comerciais, bem como em suas redes sociais", explica Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas envolvendo profissionais do esporte.
“O crescimento surpreendente no número de seguidores do Tight-End do Kansas City Chiefs mostra o poder do cross marketing onde duas marcas se unem e se apresentam para novas audiências, nesse caso, um aumento de notoriedade espetacular por se unir a maior estrela da música pop mundial dos últimos dois anos”, aponta Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.