Copa do Mundo no Catar marca a despedida de geração de astros do futebol
Messi e Cristiano Ronaldo, ícones do esporte, disputam o Mundial pela última vez na carreira
Messi e Cristiano Ronaldo para a campanha da Louis Vuitton (Instagram/Reprodução)
Publicado em 8 de dezembro de 2022, 16h04.
Última atualização em 8 de dezembro de 2022, 16h18.
A Copa do Mundo no Catar deverá marcar a despedida de uma geração que fez história no futebol. Messi e Cristiano Ronaldo, que juntos somam 12 troféus de melhor jogador do mundo pela Fifa, disputam o último Mundial da carreira. O argentino, inclusive, já afirmou publicamente que não irá jogar a de 2026, enquanto o português declarou que pretende se aposentar aos 40 anos, antes do início da próxima edição, que será disputada no Canadá, Estados Unidos e México.
Apesar da trajetória irretocável nos clubes que atuaram ao longo da carreira, os dois astros já foram questionados em vários momentos por não terem o mesmo brilho individual, pelo menos até agora, nas Copas. Cristiano, por exemplo, já jogou cinco edições do torneio, em 2006, 2010, 2014, 2018 e 2022, e nunca marcou na fase de mata-mata pela seleção portuguesa.
Para Júnior Chávare, diretor-executivo de futebol do Juventude, só a presença de CR7 no elenco já é um fator muito importante para Portugal, por conta do papel de liderança que exerce, sobretudo aos mais jovens.
“Mesmo não estando no ápice do auge físico, aos 37 anos, ninguém é capaz de duvidar do poder de decisão desse jogador. Além disso, Portugal tem muitos atletas disputando a Copa pela primeira vez, e a figura do Cristiano, por tudo que representa, funciona como uma referência inevitável. Já trabalhei com jogadores que, sozinhos, conseguem mobilizar uma equipe inteira para alcançar os objetivos”, finaliza Chávare.
Durante o Mundial, o português também tem sido destaque pelas polêmicas fora de campo. Na partida contra a Coreia do Sul, pela última rodada da fase de grupos e com a equipe já classificada, o capitão foi o único jogador considerado titular que entrou em campo. Ao ser substituído no segundo tempo, reclamou acintosamente e gerou um mal-estar com o técnico Fernando Santos. O craque queria continuar na partida, porque ainda almeja ultrapassar Eusébio, como principal artilheiro de Portugal na história das Copas. Com oito gols, em 21 jogos, está a dois de atingir o feito.
No último jogo, contra a Suíça, pelas oitavas de final. O treinador lusitano surpreendeu o mundo inteiro ao colocar CR7 no banco. Gonçalo Ramos, centroavante escolhido pelo técnico para substituí-lo, marcou três gols na vitória de Portugal, por 6 a 1.
“Por se tratar de um ícone do esporte, que detém um alcance midiático imensurável, toda essa repercussão na mídia e redes sociais, nos últimos dias, é mais do que natural. Só é preciso um cuidado para não deixar que este fim de carreira fique marcado, principalmente, por momentos como esses. A saída conturbada do Manchester United já foi um indício. E agora a briga com o treinador no Mundial”, afirma Fábio Wolff, especialista em marketing esportivo.
Já Lionel Messi não tem deixado margem para críticas em relação ao seu desempenho na Copa do Mundo. Contra a Austrália, pelas oitavas, o meia marcou o primeiro gol e foi decisivo para a classificação albiceleste. Antes, pela fase de grupos, já havia sido importante no confronto diante do México. Até agora, o camisa 10 anotou três gols e é o artilheiro da Argentina no Mundial.
“Nesta Copa, é ainda mais emblemático acompanhá-lo justamente por saber que será a última. Temos de prestigiar cada segundo que ele estiver em campo e esse Mundial está sendo um marco por isso também. É muito impactante ver um atleta, protagonista de uma geração, se despedindo. Dá para perceber, claramente, que o Messi é capaz de contagiar qualquer equipe que joga, por isso que a Argentina é fortíssima candidata ao título”, aponta Guilherme Bellintani, presidente do Bahia.
Apesar do status de referência na seleção, Messi, muitas vezes, ficou marcado pelos fracassos, por conta dos vice-campeonatos na Copa América, em 2007, 2015 e 2016, e na Copa do Mundo, em 2014.
No entanto, em 2021, a primeira conquista importante veio contra o Brasil, em pleno Maracanã, na Copa América. Além disso, recentemente o argentino bateu o recorde de jogador com mais participações em Mundiais pelo país. Ele esteve em cinco edições: 2006, 2010, 2014, 2018 e 2022. Com nove gols marcados, está a um de igualar Batistuta, como maior goleador da Argentina na história das Copas.
Despedida de outros craques
Por toda a história construída no futebol, é natural que Messi e Cristiano Ronaldo concentrem os principais holofotes nesta Copa do Mundo. Porém, outras figuras de renome já até se despediram do Mundial e dificilmente devem aparecer novamente. O centroavante Robert Lewandowski, atualmente no Barcelona, pode ter feito a sua última aparição pela Polônia.
Eden Hazard, um dos principais nomes da famosa “geração belga”, anunciou a aposentadoria da seleção, após a equipe ser eliminada na fase de grupos. Esta seleção, inclusive, que se colocou entre as mais fortes do mundo nos últimos anos, teve uma atuação abaixo da expectativa no Mundial e deve passar por uma reformulação importante para o próximo ciclo.
“Deve ser motivo de orgulho imenso para um jogador representar o seu país em uma Copa do Mundo. A emoção de Lewandowski, ao marcar o seu primeiro gol em Copas, contra a Arábia Saudita, é um exemplo disso. É um jogador experiente e que o futebol já proporcionou diversas alegrias, mas ainda assim foi às lágrimas ao marcar. Isso diz muita coisa”, acrescenta Yuri Romão, presidente do Sport.
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