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Após ganhar mundial, Filipinho mostra preocupação com local das provas nas Olimpíadas de Paris 2024

Para brasileiro, que acaba de se sagrar bicampeão mundial, o local é perigoso para quem não tem experiência

(Divulgação)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 10 de setembro de 2023 às 17h34.

O brasileiro Filipe Toledo, o Filipinho, ainda com a adrenalina alta, após a conquista do bicampeonato mundial, contou em encontro virtual com a imprensa brasileira, que se sente bem no Taiti, onde acontecerão dos Jogos Olímpicos de 2024, mas não sabe se o local seria apropriado para a disputa.

Filipinho, líder do ranking mundial, já garantiu vaga nos Jogos de Paris-2024. O surfe será disputado em Teahupoo, no Taiti, parte da Polinésia Francesa. Ele disse que é possível que ele faça novos campings de treinamento com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) para "se especializar" e que a estrutura brasileira para a modalidade estará incrível.

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"Eu amo o Taiti, é incrível, mas se é o melhor local para fazer as Olimpíadas, eu não sei ", afirma. "Porque não terão apenas os Estados Unidos, Brasil e a Austrália... tem gente que não tem onda para surfar. No Isa (em El Salvador, com vários surfistas iniciantes), agora, tinha gente que estava indo reto e de lado. Eu acho meio perigoso. Mas é uma decisão da organização e segue o plano".

Ele se refere às ondas pesadas, tubulares e perfeitas de Teahupoo, no Taiti, que são o sonho de qualquer surfista. Mas o local é também conhecido pelas bancadas de corais. Quando entra o " swell ", formam-se verdadeiras "bombas" sobre o recife, a menos de 1 metro de profundidade.

Bicampeão mundial

No último sábado, 11, ele ampliou a hegemonia mundial do surfe brasileiro ao vencer o WSL Finals, em Trestles, na Califórnia. Com este resultado, o bicampeão Filipinho se tornou o segundo brasileiro na história a somar mais de um título mundial. Antes, apenas Gabriel Medina, tricampeão, detinha o feito.

"Igualar o número de vitórias do Gabriel nunca foi uma coisa na minha mente, meu negócio é surfar e ser feliz. O que vier é lucro", disse Filipinho, que comentou sobre a hegemonia brasileira na modalidade: "Difícil falar o que os brasileiros têm que os outros não têm. Não posso falar que eles não têm garra e determinação, só que é de um jeito diferente. Para a gente sempre foi mais difícil, em termos de oportunidades, e quando a oportunidade chega, não deixamos escapar. Acho que esta é a grande diferença".

Ele disse ainda que neste domingo, um dia após a conquista, foi de descanso e que a " ficha está caindo aos poucos". Ele falou que a partir de segunda-feira, 11, sentará com sua equipe para fechar os próximos planos, ainda de 2023.

Décima quinta vitória

Filipinho chegou a sua décima quinta vitória no circuito mundial, desde que estreou em 2013. Neste ano, além da etapa de Jeffreys Bay, o brasileiro já conseguiu vencer em Sunset, no Havaí, e em Punta Roca, em El Salvador.

Após a conquista do título, ele chegou a dizer que estava mais nervoso do que no ano anterior, quando também sagrou-se campeão. E que teve "pensamentos ruins".

"Foram quase dois meses de muita dedicação depois Jeffreys Bay, treino surfe e fisio para chegar bem em WSL Finals e competir", afirmou. "Esses pensamentos ruins foi mais pela insegurança, a história que poderia ser escrita, dois títulos seguidos. A mente tenta te manipular e te levar para o lado mais fraco. Tive esses pensamentos mas graças à família, minha esposa, fiquei tranquilo, consegui deixar isso de lado e entrar no modo competição".

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