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Administrados pela mesma empresa, gramados de Maracanã e São Januário vivem cenários opostos

Maior palco do futebol nacional vem sendo bastante criticado, enquanto casa cruz-maltina vira referência entre os jogadores

Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (Buda Mendes/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 8 de fevereiro de 2024 às 15h24.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2024 às 15h25.

O último clássico entre Flamengo e Vasco, no domingo, 4, evidenciou falhas estruturais no gramado do Maracanã. Mesmo sem nenhuma partida realizada até então nesta temporada, o piso foi bastante criticado pelos protagonistas do espetáculo.

O local teve shows de Paul McCartney e Ivete Sangalo, além do Jogo das Estrelas de Zico, todos em dezembro, mas esteve por mais de 30 dias fechado para manutenção e reparos, incluindo a revitalização do campo. No entanto, o resultado visto no primeiro compromisso não foi nada satisfatório.

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“O gramado estava complicado. Principalmente no segundo tempo. E na área do goleiro, tinham muitos buracos. Um estádio como o Maracanã, com a história que tem, não pode ter um clássico desse tamanho com essas condições. Precisa ser corrigido”, aponta Paulo Henrique, lateral do Vasco . “De fora, sempre éramos fãs do futebol brasileiro, acompanhávamos os grandes confrontos. Um clássico desse tamanho, em um palco de nível mundial, não pode ser disputado em um gramado desses”, reforçou o italiano Emiliano Diaz, auxiliar-técnico do Gigante da Colina.

O atacante Gabigol, que no domingo perdeu um pênalti nos minutos finais e não conseguiu alterar o placar em branco, também havia criticado a condição do campo na temporada passada, assim como o treinador do Flamengo na época, Jorge Sampaoli. Mudou o ano e o problema não se resolveu.

A empresa que cuida da manutenção do gramado do Maracanã é a Greenleaf Gramados, curiosamente a mesma que trata São Januário. A casa vascaína tem sido elogiada por mandantes e visitantes e se tornou uma referência no país.

São Januário é um estádio com maior exposição ao sol e mais acessível às condições climáticas para a realização da fotossíntese. Porém, a exigência e o cuidado não são menores, apenas o trato é distinto. O Maracanã, mais fechado e não tão exposto à luz solar, necessita de maior investimento e um sistema de suplementação artificial, bastante comum nos estádios europeus. O que não vem sendo cumprido à risca pelos responsáveis Flamengo e Fluminense.

O presidente tricolor, Mário Bittencourt, ainda criticou recentemente os adversários que contam com gramado sintético e aproveitou para cutucar o rival Botafogo, que atua em um piso artificial no estádio Nilton Santos.

“Dizem que sintético diminui o custo. Mas, se você tem um clube de futebol e não consegue manter um campo de grama, você não pode ter um clube. Se não vira casa de show. Tem gente que prefere fazer cinco shows. E tudo bem. Mas eu prefiro ganhar títulos”, disparou o mandatário do Flu.

O problema do Maracanã não é recente. Na temporada passada, o Flamengo já havia sido advertido pela Conmebol após o confronto diante do Olimpia, válido pelas oitavas de final da Libertadores, também por conta da condição do campo de jogo.

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