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Visibilidade Trans cresce nas redes em janeiro, mas cai em outros meses

Levantamento da empresa de tecnologia em marketing de influência Squid mostra que a abordagem do tema cresceu mais de 1.000% em janeiro quando comparado aos dois últimos anos, mas perde força em outros meses. Estudo também mostra relação com campanhas publicitárias

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Direito de identidade: retificação de nome e gênero para pessoas trans (nito100/Getty Images)

Direito de identidade: retificação de nome e gênero para pessoas trans (nito100/Getty Images)

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Marina Filippe

Publicado em 31 de janeiro de 2022 às, 13h32.

Última atualização em 31 de janeiro de 2022 às, 13h34.

No Brasil, desde 2004, se comemora em 29 de janeiro o Dia da Visibilidade Trans. A data, que teve origem a partir da primeira mobilização organizada por ativistas trans para reivindicar direitos, no Congresso Nacional, em Brasília, tem a intenção de dar luz à existência das pessoas trans e promover acesso e equidade. Para compreender como a data aparece nas redes sociais, a empresa de tecnologia em marketing de influência Squid realizou um levantamento em sua base de influenciadores. 

O levantamento aponta que a hashtag #visibilidadetrans, a hashtag mais usadas nas redes sociais sobre o tema, tem crescido exponencialmente nos meses de janeiro quando comparada com os anos de 2020 e 2021, um salto de aproximadamente 1540%. Mas quando se analisa os meses seguintes, os dados mostram que as menções reduzem em 96%.

De acordo com a Squid, a hashtag cresceu significativamente em janeiro de 2022 a partir do dia 06 até o dia 24, data em que o estudo foi realizado. A pesquisa aponta ainda, que as menções foram predominantes na rede social Instagram.

“A análise realizada pela nossa área de Business Intelligence reforça um comportamento padrão da sociedade de oferecer visibilidade somente em meses de celebração, assim como ocorre em junho, o mês do orgulho LGBTQIA+, em outubro no Outubro Rosa, etc. Mas, todas essas datas foram criadas com o objetivo de ampliar os debates e mudanças necessárias que devem prevalecer durante todo o ano e não somente em um mês”, afirma Rafael Arty, sócio e diretor comercial da Squid.

A base da Squid é composta por mais de 118 mil pessoas cadastradas, dessas, 0.83%  se classificam como Mulher Trans e Homem Trans, o que representa mais de 970 usuários. Em relação à faixa etária, 46% estão entre 25 a 34 anos e 42% correspondem a idades entre 18 a 24 anos. Do total, 60% são residentes dos estados de SP, RJ, BA e MG.

Campanhas

Quando são analisadas as campanhas publicitárias que se relacionam com a visibilidade trans, foram cerca de 230 ativações desde 2019. Os 10 segmentos  que mais ativaram os perfis foram: Home Care, Beauty & Care, Tecnologia, Entretenimento, Educação, Financeiro, Varejo e Alimentos.

As contas cadastradas pelo Score Squid apontam que a maioria se enquadra na nota 8, o que representa bons resultados de engajamento, alcance e conversão. “O movimento das marcas de utilizarem as datas para gerar promoções é um ato sensível, os consumidores estão sempre atentos quanto às iniciativas, se são de fato legítimas ou apenas pontuais”, diz Arty.

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