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Parques estaduais batem 4 milhões de visitas em um ano e revelam potencial do turismo sustentável

Estudo do Instituto Semeia traz um panorama pioneiro da visitação destas áreas de preservação no Brasil e aponta que setor pode gerar R$ 44 bilhões ao PIB nacional

O parque Dunas foi um dos estaduais mais visitados em 2023 e recebeu 408.320 pessoas (Instituto Semeia /Divulgação)

O parque Dunas foi um dos estaduais mais visitados em 2023 e recebeu 408.320 pessoas (Instituto Semeia /Divulgação)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 17 de março de 2025 às 17h30.

Última atualização em 18 de março de 2025 às 15h57.

Com 308 parques naturais espalhados por todas unidades federativas, o Brasil se destaca pela riqueza em biodiversidade e belezas naturais -- e o turismo sustentável parece estar em plena ascensão.

Uma nova pesquisa lançada nesta segunda-feira (17) pelo Instituto Semeia revela pela primeira vez um panorama de visitação destas áreas de preservação e revela um total de 4,1 milhões de visitas em 2023. No mesmo ano de análise, os parques nacionais juntos receberam 11,8 milhões de pessoas.

Entre os estaduais, São Paulo e Ceará apresentaram o maior fluxo de visitas: 1,1 milhão e 636 mil, respectivamente. Já o bioma mais visitado foi a Mata Atlântica (10,4 milhões), seguido pela Caatinga (2,5 milhões).

Com a nova pesquisa, foi possível atualizar a lista dos 10 parques mais visitados do Brasil. São eles: Tijuca (RJ), Iguaçu (PR), Jericoacora (CE), Bocaina (RJ, SP), Noronha (PE), Cocó (CE), Jaraguá (SP), Utinga (PA), Dunas (RN) e Lençóis Maranhenses (MA). Destes, quatro incluidos são estaduais: Cocó, Jaraguá, Utinga e Dunas.

Dos 308 parques naturais analisados, 54% mantiveram algum tipo de controle de entradas, utilizando métodos diretos ou estimativas. Porém, 44% dos parques não apresentavam a contagem ou estavam fechados e 7 unidades não forneceram as informações.

Renata Mendes, diretora executiva do Instituto Semeia, destacou que os dados são essenciais para o planejamento e a melhoria da infraestrutura dos parques, garantindo que atendam tanto aos visitantes quanto aos objetivos de conservação ambiental.  

Desafios e o potencial de crescimento

Segundo o Instituto, a visitação saltou de pouco mais de 6 milhões em 2012 para 15,9 milhões em 2023, um aumento superior a 160%. O crescimento está relacionado, entre outros fatores, a alta no número de parques monitorados, que triplicaram em relação a aquele ano.

Apesar dos avanços, desafios persistem e ainda há um potencial inexplorado dos parques brasileiros. Caso atingissem sua capacidade sustentável de visitação, poderiam receber até 56 milhões de visitantes anualmente e gerar R$ 44 bilhões ao PIB nacional. 

Entre os desafios, os pesquisadores citam a falta de apoio político e de recursos financeiros e humanos para o aprimoramento do monitoramento.

Mariana Haddad, gerente de políticas públicas do Semeia, destaca que ações coordenadas entre diversos atores são essenciais para superar os obstáculos e fortalecer a visitação sustentável. A utilização de tecnologia, como sensores automáticos e sistemas de agendamento, também tem se mostrado uma solução eficaz.

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