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Fórum do G20 debate alternativas para financiamentos climáticos

Dados mostram a urgência do tema; filantropia, investimento com retorno financeiro ou financiamento de organismos multilaterais são opções para bancar iniciativas

Urgência: investimento anual para financiar transição energética no Brasil pode chegar a US$ 160 bilhões (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Urgência: investimento anual para financiar transição energética no Brasil pode chegar a US$ 160 bilhões (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 26 de fevereiro de 2024 às 11h21.

Começa nesta segunda-feira, 26, em São Paulo, o Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas, evento oficial do G20 Social e que antecede a reunião de representantes do grupo das 20 maiores economias. Juntos, esses países representam 85% do PIB global e são responsáveis por mais de 80% das emissões relacionadas ao setor energético.

Segundo Maria Netto, diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade (iCS), o fórum vai discutir diferentes formas de financiar as iniciativas necessárias para fazer frente às mudanças climáticas.

Um estudo, realizado pelo Instituto AYA e Systemiq, em 2023, estimou que o investimento anual necessário para financiar a transição energética no Brasil vai de US$ 130 bilhões a US$ 160 bilhões.

Um dos instrumentos para captar recursos e que será debatido no fórum, segundo Maria Netto, é o chamado blended finance.

Como o nome em inglês sugere, ele combina recursos com diferentes propósitos como, por exemplo, filantropia, investimento com retorno financeiro ou ainda financiamento de organismos multilaterais.

"Nossa meta é evidenciar os desafios para alavancar a disponibilidade de investimento e financiamento climáticos globais, incentivando a construção de um plano efetivo de ações com marcos até a COP30. Isso, em diálogo com o Plano de Transformação Ecológica do Ministério da Fazenda e outras frentes governamentais", diz Patricia Ellen, cofundadora do Instituto AYA e presidente da Systemic Latam.

Hedge cambial

Por ter recebido diagnóstico de covid-19, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou mais cedo a presença no fórum, prevista para as 15h20. A participação era aguardada por ser o primeiro encontro público com o setor privado, terceiro setor e organizações multilaterais para discutir o hedge cambial, que será lançado nesta manhã.

Chamada de Programa de Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial, a iniciativa é um esforço conjunto do Banco Central do Brasil (BC), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) Ministério do Meio Ambiente, Banco Mundial e Embaixada do Reino Unido

Participantes do fórum

Entre os painelistas do Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas, estão Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia e professor na Universidade de Columbia; o embaixador Antônio Ricarte, Ministério das Relações Exteriores; José Pugas, da gestora JGP; Tatiana Schor, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente; Sérgio Suchodolski, Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri); Denis Minev, Bemol e Fundação Amazonas Sustentável; Nabil Kadri, BNDES.

O ICS e o Instituto Aya estão entre as sete organizações que organizaram o fórum, que vai até amanhã. Também promovem o evento: Instituto Arapyaú, Instituto Igarapé, Instituto Itaúsa, Open Society Foundations e Uma Concertação pela Amazônia.

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