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CTG Brasil: ESG e crescimento em energias renováveis marcam nova fase da companhia

Empresa acelera o crescimento e se posiciona como protagonista na geração de energia sustentável rumo à transição para um futuro mais limpo

Ações sociais: CTG Brasil construiu, em 2022, um plano de ação de emergência como parte da gestão de segurança de suas barragens (CTG/Divulgação)
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Publicado em 15 de agosto de 2023 às 09h00.

Última atualização em 15 de agosto de 2023 às 22h29.

A CTG Brasil, subsidiária da empresa de energia China Three Gorges International e uma das principais geradoras de energia do Brasil, com um portfólio baseado em usinas hidrelétricas, celebra o arrefecimento da crise hídrica que impactou o país por uma década enquanto dá os primeiros passos para se estabelecer também como um dos principais operadores de parques solares e eólicos.

Com uma estratégia de comercialização bem-sucedida e em linha com as práticas ambientais, sociais e de governança ( ESG ), a empresa está acelerando seu crescimento e se consolidando como protagonista na geração de energia sustentável.

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Em 2022, a CTG Brasil registrou crescimento de 10,8% na produção de energia, gerando 23.638,07 GWh. Esse aumento na produção foi impulsionado por uma estratégia comercial eficaz, gestão proativa do portfólio e melhoria da eficiência de controle de gastos, permitindo que a empresa registrasse lucro líquido de R$ 2,3 bilhões, demonstrando sua sólida saúde financeira.

“Seguimos conscientes de nossa responsabilidade, reafirmando o compromisso de gerar energia limpa e renovável, contribuindo para a transição energética e para uma economia de baixo carbono. Continuaremos buscando eficiência em nossas operações e sustentabilidade em nosso negócio, com estratégias inteligentes, inovadoras e que priorizem a vida e o planeta”, explica Zhang Liyi, CEO da CTG Brasil.

Reforçando seu comprometimento com a sustentabilidade e a redução de sua pegada de carbono, a companhia neutralizou 100% de suas emissões diretas de CO2 pelo terceiro ano consecutivo e iniciou a comercialização de Certificados de Energia Renovável para oferecer energia limpa e rastreável aos seus clientes, contribuindo para a descarbonização da cadeia de valor.

A CTG Brasil também está investindo no desenvolvimento de fontes de energia renovável, como projetos de energia solar e eólica. Com a construção do complexo solar Arinos em Minas Gerais e um parque eólico no Nordeste, a empresa diversifica cada vez mais seu portfólio e contribui ativa e positivamente para a transição energética do país.

Silvio Scucuglia, da CTG Brasil: o arrefecimento da crise hídrica e o sucesso da estratégia de comercialização foram fundamentais para os resultados de 2022 (CTG)

“O arrefecimento da crise hídrica e o sucesso de nossa estratégia de comercialização em um cenário climático equilibrado foram fundamentais para os resultados de 2022. Esperamos um desempenho robusto também para os próximos anos”, afirma Silvio Scucuglia, vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da CTG Brasil.

O que faz a CTG Brasil?

A CTG Brasil é uma das líderes em geração de energia limpa no Brasil. Ela opera de maneira sustentável, contribuindo para o crescimento do país e da matriz energética brasileira por meio da geração de energia renovável, inovação e investimentos de longo prazo.

A empresa é parte da estratégia de internacionalização da China Three Gorges Corporation, uma das líderes globais em energia limpa, que construiu e opera a maior usina hidrelétrica do mundo, a Três Gargantas, e tem mais de 109 GW de capacidade instalada em operação ao redor do mundo.

A CTG Brasil tem um compromisso com o futuro, investindo em seus ativos, em novas tecnologias e fontes de energia, ampliando os benefícios de seu negócio e reafirmando seu compromisso com o futuro da sociedade.

-(Arte/Exame)

Inspiração chinesa

Um dos maiores projetos em andamento da CTG Brasil é a modernização das Usinas Hidrelétricas (UHEs) Ilha Solteira e Jupiá, operadas pela Rio Paraná Energia, e que exigirá um investimento total de R$ 3 bilhões até 2038.

Desde quando foi iniciado, em 2017, nove máquinas já foram reformadas nas duas usinas. O primeiro lote modernizou quatro máquinas; o segundo e atual lote finalizou a reforma de cinco máquinas e entregará uma ainda no primeiro semestre de 2023 e outras duas até o primeiro semestre de 2024.

Considerado o maior programa de modernização em andamento em usina 100% nacional, o projeto vai aumentar a disponibilidade e a confiança das operações e garantir a eficiência do sistema gerador de energia por mais 30 anos.

A CTG Brasil promove um intercâmbio de conhecimento entre as equipes técnicas do Brasil e da China, contribuindo para a modernização do setor hidrelétrico no país.

Outro destaque do projeto foi a entrada em operação do Centro de Operação da Geração (COG) na UHE Ilha Solteira, que unifica e integra o monitoramento operacional em tempo real de todos os ativos hidrelétricos.

Além do total alocado no projeto de modernização, anualmente, cerca de R$ 21 milhões são investidos para manter atualizado todo o parque de ativos, destacando-se, em 2022, os projetos para a troca de transformadores e outros equipamentos das usinas hidrelétricas Rosana, Taquaruçu, Garibaldi e Salto.

“Continuaremos buscando eficiência em nossas operações e sustentabilidade em nosso negócio, com estratégias inteligentes, inovadoras e que priorizem a vida e o planeta” Zhang Liyi, CEO da CTG Brasil

A estratégia de diversificação do portfólio da CTG Brasil, considerando diferentes fontes de energia e localizações geográficas dos ativos, tem como objetivo mitigar os riscos de condições meteorológicas desfavoráveis e incentivar a transição energética para setores da economia ainda dependentes de combustíveis fósseis.

“A otimização do uso dos recursos hídricos é um foco importante da empresa”, diz Scucuglia. Embora o uso primário da água para geração elétrica seja determinado por um órgão central, o executivo ressalta o interesse da empresa em ganhar eficiência na produção e no uso de energia, contribuindo para a sustentabilidade dos reservatórios.

Outro passo importante em direção à sustentabilidade foi dado pela empresa no fim de 2022, ao iniciar a comercialização de Certificados de Energia Renovável (I-RECs). Esses certificados têm um papel crucial na compensação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) das empresas.

Dessa forma, a CTG Brasil possibilita a oferta de energia limpa com rastreabilidade para os seus clientes, contribuindo para a descarbonização de sua cadeia de valor. Internamente, os resultados também são satisfatórios.

Segundo o Relatório de Sustentabilidade 2022 e o inventário anual de acordo com as Diretrizes do Programa Brasileiro GHG Protocol, pelo terceiro ano consecutivo, a CTG Brasil neutralizou 100% de suas emissões diretas. Ou seja, as 1.286 toneladas de CO2 equivalentes geradas nos escopos 1 e 2, com ano-base 2021, foram neutralizadas com a adesão da companhia ao projeto REDD+Jari-Amapá.

Com a meta de se tornar neutra em carbono até 2040, Scucuglia, vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da CTG Brasil, acredita que os esforços trarão os resultados desejados. “Embora existam desafios metodológicos relacionados às emissões dos reservatórios, a estratégia da empresa, com base em fontes renováveis de baixa emissão, está alinhada com esse objetivo. A expectativa é não apenas alcançar a neutralidade [ em carbono ], mas também contribuir positivamente para o sistema como um todo”, diz.

Planos de contingência e monitoramento das barragens

Entre as ações sociais da CTG Brasil para o ano de 2022, destaca-se o trabalho para a construção do plano de ação de emergência e relacionamento com as comunidades.

Uma das iniciativas de grande relevância que representam bem esse olhar cauteloso da companhia é o Plano de Ação de Emergência (PAE). Apesar da probabilidade de uma ruptura ser baixíssima, a CTG Brasil trabalha fortemente na gestão de segurança de suas barragens, atendendo a todos os requisitos legais e técnicos da legislação.

“O PAE faz parte da política nacional de segurança de barragens e proteção de nossos ativos, mas ele tem foco na proteção das pessoas”, afirma Pedro Nunes Pereira, gerente de Engenharia Civil e Segurança de Barragens na CTG Brasil.

Para a elaboração do plano, foi feito um estudo minucioso sobre possíveis cenários de emergência, magnitude, tempo necessário para evacuações e sinalização das rotas, sinalização de alerta sonora e um trabalho técnico para a montagem de uma estrutura focada na prevenção.

“A CTG Brasil trabalha em parceria com o poder público, a defesa civil e ainda conta com a participação fundamental da comunidade. É nosso papel educar as pessoas para que elas entendam a importância do PAE e se engajem”, ressalta Pedro. Em relação ao pessoal interno, a empresa já treinou praticamente todos os funcionários.

A companhia trabalhou fortemente com a comunicação de forma didática em todas as etapas: conhecimento das comunidades das zonas de autossalvamento, cadastramento dessas pessoas, autorizações das defesas civis para instalação de sirenes, ações e campanhas educativas e divulgação sobre todos os passos do projeto de Engenharia Civil e Segurança de Barragens na CTG Brasil.

A divulgação foi feita de forma ampla para atingir toda a população, com apoio de mídias sociais, faixas nas ruas, carros de som, mensagens via SMS e WhatsApp e veículos de imprensa locais.

O projeto teve suas rotas implantadas e está em fase de instalação das 36 torres de sirenes, que deverão ser colocadas em todas as unidades da companhia. Após a conclusão dessa etapa, estão previstos os trabalhos com exercícios simulados.

“Este é o primeiro degrau de uma longa escada e estamos trabalhando de maneira intensa para chegar ao topo. E, mesmo assim, confiantes de que nunca precisemos ativar um PAE”, afirma Pedro.

A CTG Brasil tem implementado ainda diversas iniciativas para modernizar e melhorar o sistema de monitoramento de barragens de seu portfólio de hidrelétricas. O processo de automação está sendo feito inicialmente nas usinas Ilha Solteira, Jupiá e Salto e já permite a coleta de dados em tempo real para os instrumentos que são considerados fundamentais na identificação de eventuais anomalias nas estruturas, totalizando cerca de 20% dos pontos de monitoramento existentes.

Além disso, 228 novos instrumentos foram incorporados ao sistema de monitoramento existente, garantindo maior abrangência e confiabilidade na supervisão de segurança dessas barragens. Esse processo, considerado estratégico pela empresa, terá um investimento de cerca de R$ 26 milhões e abrangerá 11 empreendimentos hidrelétricos da companhia.

Já na dimensão social, destaca-se o Programa de Responsabilidade Social na promoção do desenvolvimento local. Em 2022, mais de 86 mil pessoas em 107 municípios próximos às operações foram beneficiadas. Por meio desse programa, a CTG Brasil realiza ações de geração de renda, cultura, saúde, esportes, além de oferecer atenção especial às crianças e aos idosos.

Nova estrutura de governança

Em 2022, a CTG Brasil adotou um modelo mais robusto de governança, segregando as posições de CEO e Chairman do Conselho Consultivo. Para complementar essa reestruturação, foram criados dois comitês de assessoramento ao conselho de administração: o Comitê de Auditoria, Riscos e Partes Relacionadas e o Comitê de Pessoas e ESG. A empresa também possui uma Diretoria Estatutária e um Comitê Executivo responsáveis pela condução dos negócios.

A CTG Brasil também concluiu o Projeto One, consolidando seus sistemas de gestão em uma solução integrada e ratificando seu compromisso em fortalecer sua governança corporativa, aprimorar sua gestão de riscos e investir em tecnologias e processos para uma gestão mais eficiente e segura.

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