Economia

Zona do euro tem muito a fazer para reduzir dívida

Diretor de rating soberano para Europa, Oriente Médio e África da Standard & Poor's disse que vê um "período de calma à frente" para os ratings na Europa


	S&P: BCE não pode conduzir o QE da mesma maneira que o BC britânico
 (Mario Tama/Getty Images/AFP)

S&P: BCE não pode conduzir o QE da mesma maneira que o BC britânico (Mario Tama/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2014 às 14h32.

Londres - Países da <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/zona-do-euro">zona do euro</a></strong> ainda têm muito a fazer para reduzir a <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/dividas-de-paises">dívida</a></strong> e impulsionar o crescimento, além disso as classificações de risco de crédito não devem ser elevadas até as economias se tornarem mais saudáveis, afirmou nesta terça-feira o diretor de rating soberano para Europa, Oriente Médio e África da Standard &amp; Poor's, Moritz Kraemer.</p>

Kraemer disse à Reuters em entrevista que vê um "período de calma à frente" para os ratings na Europa. "A maior parte da lição de casa ainda precisa ser feita. O excesso de dívida em um ambiente de inflação muito baixa apresenta enormes riscos ao cenário de crescimento para a zona do euro", disse.

"Não há necessidade de elevar os ratings até que os fundamentos (econômicos) melhorem." Kraemer disse que entre os países que fizeram os maiores avanços em reduzir a dívida estão Irlanda e Espanha, e ambos tiveram seus ratings elevados.

A S&P elevou a Irlanda em um grau, para A-, neste mês, citando seu cenário econômico melhor. No mês passado, a agência elevou a Espanha em um ponto, para BBB, por motivos similares.

Kraemer também disse que, se o Banco Central Europeu decidir adotar um programa de compra de ativos, conhecido como quantitative easing (QE), é improvável que isso tenha um impacto significativo sobre os ratings de crédito soberano.

Ele disse que o BCE não pode conduzir o QE da mesma maneira que o BC britânico. "Temos 18 membros na zona do euro, temos um mercado de ABS (títulos lastreados em ativos) muito menos desenvolvido por exemplo. Então acho difícil ver como o balanço patrimonial seria ampliado de maneira similar", disse ele.

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