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Venezuela diz que petróleo a US$ 50 evita calote da PDVSA

Preços do petróleo em cerca de US$ 50 por barril são suficientes para que a petroleira estatal da Venezuela evite o calote de sua dívida

Sede da estatal venezuelana PDVSA: Petróleos de Venezuela conseguirá realizar os pagamentos de seus títulos em dólares com vencimento no fim deste ano, disse presidente (Arquivo)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2016 às 21h29.

Os preços do petróleo em cerca de US$ 50 por barril são suficientes para que a petroleira estatal da Venezuela evite o calote de sua dívida, disse o presidente da empresa e ministro do Petróleo, Eulogio Del Pino, em entrevista na quinta-feira.

“US$ 50 é suficiente”, disse ele à Bloomberg TV, da Rússia, no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo. O custo médio da produção da empresa é de cerca de US$ 12 por barril, disse ele.

A Petróleos de Venezuela conseguirá realizar os pagamentos de seus títulos em dólares com vencimento no fim deste ano, disse Del Pino. A PDVSA, como a empresa com sede em Caracas é conhecida, tem pagamentos de juros e de principal totalizando US$ 1,4 bilhão em outubro e US$ 2,8 bilhões em novembro, segundo dados compilados pela Bloomberg.

“Estamos trabalhando para pagar isso”, disse Del Pino, pontuando que “estamos pagando todas as nossas dívidas” durante o que chamou de “o ciclo mais longo de preços baixos que já tivemos”.

A alta do petróleo em relação à mínima em 12 anos registrada no início do ano, para cerca de US$ 50 o barril, está ajudando a aumentar a capacidade da Venezuela de honrar sua dívida. Contudo, os preços estão bastante abaixo do total de US$ 121,06 por barril que o país sul-americano precisa para equilibrar seu orçamento, segundo a RBC Capital Markets. A Venezuela, que depende do petróleo para obter 95 por cento de suas receitas com exportações, continua sendo o país sob maior risco no mundo de não pagar suas dívidas, segundo swaps de crédito.

Os US$ 3 bilhões da PDVSA em títulos de 12,75 por cento com vencimento em 2022 subiram juntamente com os preços do petróleo desde que atingiram uma baixa recorde em 11 de fevereiro, mesmo dia em que os futuros do petróleo em Nova York foram negociados ao menor nível desde maio de 2003. De lá para cá, eles ganharam 12 centavos, para cerca de 47 centavos de dólar na quinta-feira, com yields de cerca de 34 por cento.

Del Pino disse que a PDVSA está trabalhando com algumas de suas provedoras de serviços “mais importantes” para mudar seus contratos depois que empresas como a Halliburton e a Schlumberger disseram que limitaram sua atividade no país devido a faturas não pagas.

“Estamos mudando o esquema dos contratos”, disse ele, descrevendo um novo cenário no qual a produção de petróleo futura será suficiente para pagar o investimento necessário para novas perfurações. Ele disse que não se tratava de um acordo de compartilhamento de produção e que “o controle estará o tempo todo nas mãos da PDVSA”.

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Os preços do petróleo em cerca de US$ 50 por barril são suficientes para que a petroleira estatal da Venezuela evite o calote de sua dívida, disse o presidente da empresa e ministro do Petróleo, Eulogio Del Pino, em entrevista na quinta-feira.

“US$ 50 é suficiente”, disse ele à Bloomberg TV, da Rússia, no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo. O custo médio da produção da empresa é de cerca de US$ 12 por barril, disse ele.

A Petróleos de Venezuela conseguirá realizar os pagamentos de seus títulos em dólares com vencimento no fim deste ano, disse Del Pino. A PDVSA, como a empresa com sede em Caracas é conhecida, tem pagamentos de juros e de principal totalizando US$ 1,4 bilhão em outubro e US$ 2,8 bilhões em novembro, segundo dados compilados pela Bloomberg.

“Estamos trabalhando para pagar isso”, disse Del Pino, pontuando que “estamos pagando todas as nossas dívidas” durante o que chamou de “o ciclo mais longo de preços baixos que já tivemos”.

A alta do petróleo em relação à mínima em 12 anos registrada no início do ano, para cerca de US$ 50 o barril, está ajudando a aumentar a capacidade da Venezuela de honrar sua dívida. Contudo, os preços estão bastante abaixo do total de US$ 121,06 por barril que o país sul-americano precisa para equilibrar seu orçamento, segundo a RBC Capital Markets. A Venezuela, que depende do petróleo para obter 95 por cento de suas receitas com exportações, continua sendo o país sob maior risco no mundo de não pagar suas dívidas, segundo swaps de crédito.

Os US$ 3 bilhões da PDVSA em títulos de 12,75 por cento com vencimento em 2022 subiram juntamente com os preços do petróleo desde que atingiram uma baixa recorde em 11 de fevereiro, mesmo dia em que os futuros do petróleo em Nova York foram negociados ao menor nível desde maio de 2003. De lá para cá, eles ganharam 12 centavos, para cerca de 47 centavos de dólar na quinta-feira, com yields de cerca de 34 por cento.

Del Pino disse que a PDVSA está trabalhando com algumas de suas provedoras de serviços “mais importantes” para mudar seus contratos depois que empresas como a Halliburton e a Schlumberger disseram que limitaram sua atividade no país devido a faturas não pagas.

“Estamos mudando o esquema dos contratos”, disse ele, descrevendo um novo cenário no qual a produção de petróleo futura será suficiente para pagar o investimento necessário para novas perfurações. Ele disse que não se tratava de um acordo de compartilhamento de produção e que “o controle estará o tempo todo nas mãos da PDVSA”.

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