RIO DE JANEIRO, BRAZIL - JULY 11: Bartender Varia Dellalian of Lebanon competes in the Rio Market challenge during day 3 of the Diageo Reserve WORLD CLASS 2012 Global Final on July 11, 2012 in Rio de Janeiro, Brazil. (Photo by Ian Gavan/Getty Images for Diageo) (Getty Images/Getty Images)
Reuters
Publicado em 17 de abril de 2017 às 18h52.
São Paulo - O comércio varejista do Brasil teve queda de 1,9 por cento nas vendas em março sobre o mesmo período do ano passado, segundo levantamento da empresa de meios de pagamento Cielo, divulgado nesta segunda-feira.
Segundo o gerente da área de inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto, "a retração de março de 2017 é a menor desde julho de 2015".
Porém, em termos nominais, sem descontar a inflação, houve crescimento de 1,4 por cento nas vendas do mês passado sobre um ano antes.
"O que ocorreu foi principalmente uma queda forte nos preços de 2016 para o primeiro trimestre de 2017, portanto o varejista ainda não viu sua receita recuperar o crescimento de anos anteriores", disse Mariotto em comunicado à imprensa.
A Cielo apurou ainda que ajustando o desempenho de março a efeitos de calendário, o índice deflacionado de vendas do mês passado teve queda de 2,2 por cento, "patamar que indica uma desaceleração em relação ao ritmo de fevereiro, mas ainda acima dos meses precedentes".
Segundo a pesquisa, apenas as categorias de Turismo e Transportes, Drogarias e Farmácias e Vestuário não tiveram retração de vendas em março.
O conjunto de setores com desempenho mais fraco de vendas em março foi o que comercializa bens não duráveis, impactado por retrações de vendas em Supermercados e Hipermercados e Postos de Combustível.
"Além da retração, estes setores desaceleraram em março em relação ao ritmo de vendas de fevereiro", afirmou a Cielo no comunicado.
O destaque positivo, segundo a empresa, foi o de Vestuário, que puxou para cima o conjunto de setores que vendem bens duráveis e semiduráveis.
A empresa identificou que todas as regiões do país sofreram queda de vendas reais em março sobre um ano antes.
O índice, chamado pela Cielo de ICVA, é calculado com base nas vendas realizadas nos mais de 1,7 milhão de pontos ativos de máquinas de pagamento credenciados pela companhia.