Economia

Vendas de abril devem crescer apenas 2,1%, projeta IDV

A causa foi o deslocamento do feriado de Páscoa para março, que afetou a base de comparação, principalmente no segmento de bens não duráveis


	O segmento de bens não duráveis, que engloba supermercados e, portanto, responde pelas vendas de ovos de Páscoa, mostrou uma bipolaridade em março e abril
 (Wikimedia Commons)

O segmento de bens não duráveis, que engloba supermercados e, portanto, responde pelas vendas de ovos de Páscoa, mostrou uma bipolaridade em março e abril (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2013 às 15h35.

São Paulo - As vendas no varejo devem crescer apenas 2,1% em abril ante igual mês do ano passado, em função do efeito calendário, de acordo com levantamento do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV).

A causa foi o deslocamento do feriado de Páscoa para março, que afetou a base de comparação, principalmente no segmento de bens não duráveis, de maior peso nas medições.

No entanto, nos dois próximos meses haverá forte retomada do ritmo de vendas e o crescimento real deverá ser de 9,2% em maio e 9,4% em junho, na comparação com iguais meses de 2012, conforme o Índice Antecedente de Vendas (IAV-IDV).

O índice também aponta uma recuperação no crescimento real de vendas no conceito mesmas lojas (em funcionamento há mais de um ano) a partir de maio, com taxas positivas também em junho, de 3,17% e 3,40%, respectivamente. Segundo o IDV, o critério evidencia que a expansão das vendas é em função, principalmente, da abertura de lojas das redes de varejo, como tem ocorrido nos últimos meses.

O segmento de bens não duráveis, que engloba supermercados e, portanto, responde pelas vendas de ovos de Páscoa, mostrou uma bipolaridade em março e abril.

Se no mês passado houve crescimento de 9,4% nas vendas, estima-se, agora, uma queda de 6,8% na comparação com igual período do ano passado. Já para maio e junho, sem o 'efeito calendário' os associados do IDV estimam taxas de dois dígitos, com crescimento de 16,7% e 14,9%, respectivamente.

Vale ressaltar que o desempenho dessa categoria tem o maior peso nas medições do IAV-IDV, bem como do IBGE, e contribui historicamente entre 40% e 50% de participação no índice da Pesquisa Mensal do Comércio, calculado pelo órgão do governo.

Já para o setor de bens semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, os associados do IDV apontam altas de 10,5%, 10,8% e 11,3% para abril, maio e junho, respectivamente.

No segmento de bens duráveis, mesmo com o retorno gradual das alíquotas originais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para linha branca e móveis, a estimativa é de que as taxas de crescimento para este e os próximos dois meses sejam de 10,6%, 5,6% e 6,2%, respectivamente e sempre na comparação com os mesmos períodos de 2012.

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