Economia

Venda de cimento no Brasil em 2015 cai para níveis de 2011

Venda de cimento no Brasil em 2015 caiu para níveis vistos pela última vez em 2011, diz associação


	Fábrica de cimento: comercialização de cimento no Brasil no ano passado somou 64,4 milhões de toneladas
 (AFP)

Fábrica de cimento: comercialização de cimento no Brasil no ano passado somou 64,4 milhões de toneladas (AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2016 às 17h09.

São Paulo - A venda de cimento no Brasil em 2015 caiu para níveis vistos pela última vez em 2011, diante de um setor de construção civil pressionado por baixa confiança de investidores e consumidores, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela associação que representa os produtores do insumo, Snic.

A comercialização de cimento no Brasil no ano passado somou 64,4 milhões de toneladas, queda de 9,2 por cento sobre 2014. Atualmente, a indústria tem uma capacidade instalada de produção de cerca de 85 milhões de toneladas anuais de cimento.

Considerando apenas dezembro, a venda de cimento no país despencou 13 por cento na comparação anual, a 4,54 milhões de toneladas. Ante novembro, houve queda de 7,4 por cento.

"A aceleração da queda se deu mais no último trimestre, pela falta de reposição de obras", disse o presidente do Snic, José Otavio Carvalho. "É possível que o despacho continue caindo pelo menos no primeiro semestre (...) Há uma paralisia total na infraestrutura diante dos desdobramentos da Lava Jato sobre as empreiteiras", acrescentou.

A perspectiva do Snic para 2016 é de queda de 10 a 12 por cento no volume de vendas.

Pelos números da entidade, a região com maior queda no despacho de cimento no ano passado foi a Centro-Oeste, com 12,5 por cento, a 7,49 milhões de toneladas. No Sudeste, a queda foi de 10,9 por cento, a 29,5 milhões de toneladas. Houve ainda recuo no Norte (7,8 por cento), Nordeste (5,7 por cento) e Sul (6,9 por cento).

Na véspera, a associação de fabricantes de materiais de construção, Abramat, informou queda de 12,6 por cento nas vendas do ano passado, recuando ao nível de 2007.

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