Economia

Vanguarda tem prejuízo de R$ 119 mi no quarto tri

Resultado foi mais baixo do que o prejuízo consolidado de R$ 43,8 milhões no mesmo período de 2010

Na empresa, o segmento agrícola registrou lucro líquido de R$ 5,8 milhões no quarto trimestre (Wikimedia Commons)

Na empresa, o segmento agrícola registrou lucro líquido de R$ 5,8 milhões no quarto trimestre (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2012 às 11h21.

São Paulo - A Vanguarda, uma das maiores produtoras agrícolas do Brasil, informou nesta sexta-feira que teve prejuízo líquido de 118,96 milhões de reais no último trimestre de 2011, contra um prejuízo consolidado de 43,8 milhões de reais no mesmo período de 2010.

As perdas foram decorrentes dos resultados do segmento de biodiesel, que registrou prejuízo de 124,7 milhões de reais no quarto trimestre de 2011.

Até o final de 2010, a companhia -chamada na época Brasil Ecodiesel- era uma produtora do biocombustível. Após esse período, com incorporações da Maeda e Vanguarda, passou a ter foco na produção agrícola.

O segmento agrícola registrou lucro líquido de 5,8 milhões de reais no quarto trimestre, "com margem líquida de 9,2 por cento, já influenciado pelas medidas adotadas após a incorporação da VanPar priorizando a integração das atividades agrícolas e implementação da política de redução de risco de plantio".

"Como pode ser analisado, o resultado apresentado no quarto trimestre de 2011 reforça a mudança do modelo de negócios da companhia priorizando a produção de grãos/fibras, um setor que apresenta maior rentabilidade e geração de valor", disse a empresa em nota.

No quarto trimestre, o Ebitda (indicador da geração de caixa) consolidado da companhia foi de 61,4 milhões de reais, sendo composto 74,8 milhões de reais do segmento agrícola e de Ebitda negativo de 13 milhões da área de biodiesel.

Em 2011, a empresa apresentou um prejuízo líquido de 187,2 milhões de reais, ante prejuízo de 22,9 milhões de reais em 2010.

A dívida bruta da Vanguarda Agro no final de 2011 era de 602,8 milhões de reais, sendo 506,9 milhões de reais no curto prazo e 95,9 milhões de reais no longo prazo, segundo a empresa, que disse também que do total da dívida bruta, 45 por cento estava indexados em moeda estrangeira.

A companhia não atingiu índices mínimos de covenants (cláusulas contratuais restritivas de índices financeiros), segundo comunicado, que acrescentou ainda que as negociações "com os bancos estão em andamento e evoluindo conforme o esperado".

"Após a obtenção dos waivers (concordância dos bancos) e restabelecimento das condições habituais dos contratos, 54 por cento da dívida bruta será classificada no curto prazo e 46 por cento no longo prazo".

Por volta das 11h04, as ações da companhia subiam 2,38 por cento, a 0,43 real, enquanto o Ibovespa subia 0,32 por cento.

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