Economia

União Européia propõe fim de subsídios agrícolas

Numa tentativa de destravar as negociações do comércio internacional, a União Européia assinalou a possibilidade de eliminar seus subsídios à exportação de produtos agrícolas. A proposta consta de carta enviada aos 148 países-membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) e é assinada pelo comissário para Comércio Exterior, Pascal Lamy, e pelo comissário da Agricultura, Franz […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h34.

Numa tentativa de destravar as negociações do comércio internacional, a União Européia assinalou a possibilidade de eliminar seus subsídios à exportação de produtos agrícolas. A proposta consta de carta enviada aos 148 países-membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) e é assinada pelo comissário para Comércio Exterior, Pascal Lamy, e pelo comissário da Agricultura, Franz Fischler.

Para Lamy, trata-se de uma oportunidade "histórica" para avançar nestas matérias. Caso outros países concordem em rever seus subsídios, a União Européia estaria pronta para remover os seus, conforme noticiou o americano The Wall Street Journal.

Até agora, os países europeus tentaram manter ao menos alguns de seus subsídios, mesmo sob a acusação dos países em desenvolvimento de que eles distorcem o comércio mundial e contribuem para o empobrecimento de seus agricultores. A União Européia gasta, anualmente, 2,8 bilhões de euros (cerca de 3,33 bilhões de dólares) para subsidiar as vendas de açúcar, carne e lácteos, segundo o jornal.

Lamy também cobrou que os EUA revejam seus subsídios agrícolas, sobretudo o do algodão. Entre agosto de 1999 e julho de 2003, os norte-americanos desembolsaram 12,47 bilhões de dólares para subsidiar a produção do produto, conforme Lamy. "Esperamos que nossos parceiros, incluindo os EUA, sigam nosso exemplo", afirma.

Conforme o Financial Times, o representante comercial dos EUA, Robert Zoellick, cumprimentou os representantes da União Européia pelo "passo positivo" e espera que a iniciativa encoraje outros países, sobretudo na África, a apoiar as discussões e a fazer propostas semelhantes na OMC.

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