Economia

UE pede ajuda da Celac para superar desafios globais comuns

"Hoje, a UE e a Celac representam um terço dos assentos da ONU, temos vínculos fortes", afirmou a chefe da diplomacia da UE


	Federica Mogherini: "hoje, a UE e a Celac representam um terço dos assentos da ONU, temos vínculos fortes"
 (Emmanuel Dunand/AFP)

Federica Mogherini: "hoje, a UE e a Celac representam um terço dos assentos da ONU, temos vínculos fortes" (Emmanuel Dunand/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2015 às 11h26.

Bruxelas - A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, destacou nesta quarta-feira a "forte associação" com a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e pediu que ela seja utilizada de forma política para fazer frente aos desafios comuns da agenda global.

"Hoje, a UE e a Celac representam um terço dos assentos da ONU, temos vínculos fortes, temos que utilizá-los de forma política", disse Mogherini à imprensa em sua chegada à cúpula realizada entre os líderes dos dois blocos em Bruxelas.

A alta representante comunitária destacou que 61 delegações se reuniram para a cúpula na capital belga, o que considerou um "testemunho de nossa forte associação, que não só é econômica".

"(A relação) é econômica e de comércio, mas é sobretudo uma associação entre gente, compartilhamos cultura, compartilhamos muito passado, história, às vezes uma história difícil, mas compartilhamos os desafios de hoje e damos forma ao futuro de nossas gerações", ressaltou a política italiana.

Mogherini considerou esta cúpula como "uma ocasião excelente para atualizar o nível de nossa relação, fazê-la real, fazê-la política".

A líder disse que se trata de um bom momento para "tentar resolver alguns dos problemas, alguns dos desafios que temos em comum", como a mudança climática, o crescimento econômico, a inclusão social e a agenda internacional de desenvolvimento para após 2015.

"Temos muitos assuntos em comum e sobre o qual podemos trabalhar juntos de maneira muito frutífera", disse.

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, expressou sua confiança de que esta será "uma cúpula que realmente cumpra com os objetivos que nos fixamos, que é fazer com que nossas nações sejam mais prósperas e mais justas, e de que maneira uma cooperação transatlântica pode ajudar nessa direção".

Por sua vez, o presidente do Peru, Ollanta Humala, disse que espera desta reunião de líderes "soluções concretas", ao mesmo tempo que indicou que um dos assuntos "fundamentais" para seu país é a luta contra a mudança climática.

"O Peru vai pedir que sigamos avançando na consolidação do fundo verde e nos compromissos nacionais que cada país tem que fazer e no apoio incondicional à COP21 que será realizada em Paris" em dezembro, disse Humala.

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