Economia

UBS faz acordo com EUA sobre manipulação das taxas de câmbio

Os bancos americanos JPMorgan Chase e Citigroup, assim como os britânicos Barclays e RBS, devem anunciar acordos similares

O UBS fechou um acordo com três autoridades americanas, incluindo o Departamento de Justiça, o que permite evitar um processo penal depois que o banco foi acusado de manipular as taxas cambiais (Fabrice Coffrini/AFP)

O UBS fechou um acordo com três autoridades americanas, incluindo o Departamento de Justiça, o que permite evitar um processo penal depois que o banco foi acusado de manipular as taxas cambiais (Fabrice Coffrini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2015 às 10h32.

Nova York - O suíço UBS se tornou nesta quarta-feira o primeiro banco a anunciar um acordo com as autoridades americanas para acabar com o processo sobre as manipulações das taxas de câmbio, um passo que também deve ser adotado por outras quatro grandes instituições.

Os americanos JPMorgan Chase e Citigroup, assim como os britânicos Barclays e RBS, devem anunciar acordos similares, o que deve representar bilhões de dólares de multa após meses de negociações com as autoridades dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha.

O UBS fechou um acordo com três autoridades americanas, incluindo o Departamento de Justiça, o que permite evitar um processo penal depois que o banco foi acusado de manipular as taxas cambiais.

Para isto, o banco teve que se declarar culpado em outro caso, o da manipulação das taxas de juros interbancário Libor.

No total, o banco suíço deverá pagar 545 milhões de dólares, já reservados em seu orçamento.

De acordo com fontes próximas ao caso, as multas devem alcançar centenas de milhões de dólares para os bancos que desempenharam um papel menor no "cartel" e a até um bilhão de dólares para os grandes responsáveis.

O Citigroup é um dos bancos mais ativos no mercado de divisas, pelo qual transitam a cada dia 5,3 trilhões de dólares, sendo 40% através da City, a praça financeira de Londres.

As agências reguladoras acusam os corretores dos grandes bancos de terem utilizado fóruns de discussão na internet e SMS para coordenar de forma indevida as ações, com o objetivo de influenciar as taxas de referência do mercado cambial.

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