O presidente do Chipre, Nicos Anastasiades, está reunido com líderes partidários para definir uma posição comum antes de retomar negociações com a troica (©afp.com / Georges Gobet)
Da Redação
Publicado em 20 de março de 2013 às 10h09.
Nicósia - Após a proposta de taxar depósitos bancários ser rejeitada pelo Parlamento do Chipre na terça-feira, o "plano B" do governo cipriota foi igualmente recusado pela troica de credores internacionais - grupo formado pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI)-, informou nesta quarta-feira o ministro do Interior cipriota, Socrates Hasikos.
"Apesar de termos um plano B, lamento informar que a troica não o aceita", disse Hasikos em entrevista a uma emissora de TV.
Segundo o ministro, o plano consistia em "tomar empréstimos da previdência, de seguradoras ou bancos, entre outros". O vice-ministro das Finanças, Christos Patsalides, se reuniu com representantes da troica depois de o "plano A" para o resgate do Chipre, que incluía a taxação, ser derrubado no Parlamento.
"Após a ousada rejeição de nosso Parlamento, os oficiais da troica nos disseram: "Senhores, vocês agora estão entrando numa fase que todos já conhecem", relatou Hasikos. "Com isso, eles queriam dizer que o Cyprus Bank e o Popular Bank (os dois maiores bancos do Chipre) podem nunca mais ser reabertos. Foi o que nos disseram."
Perguntado se o país poderá ter de abandonar a zona do euro se as duas instituições forem de fato fechadas e o BCE não oferecer a liquidez necessária, Hasikos foi categórico: "Sob nenhuma circunstância, o Chipre vai sair do euro."
O presidente do Chipre, Nikos Anastasiades, está reunido hoje com líderes partidários para definir uma posição comum antes de retomar negociações com a troica. Em seguida, Anastasiades vai reunir seu gabinete.
Segundo notícias não confirmadas, Anastasiades pode também viajar para Moscou ainda hoje para discutir a possibilidade de a Rússia participar do pacote de resgate. O ministro das Finanças, Michalis Sarris, já se encontra na capital russa. As informações são da Market News International.