Economia

TCU aprova contas do governo federal de 2012 com ressalvas

O ministro José Jorge fez ainda 41 recomendações que, segundo ele, complementam as 22 ressalvas que incluiu no parecer prévio


	Tribunal de Contas da União: entre as recomendações aprovadas hoje, está a de que o Tesouro Nacional e a Secretaria do Patrimônio da União incluam a depreciação de bens imóveis na política contábil atual do governo federal.
 (Wikimedia Commones)

Tribunal de Contas da União: entre as recomendações aprovadas hoje, está a de que o Tesouro Nacional e a Secretaria do Patrimônio da União incluam a depreciação de bens imóveis na política contábil atual do governo federal. (Wikimedia Commones)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2013 às 13h21.

Brasília - O Tribunal de Contas da União (TCU) acaba de aprovar, com 22 ressalvas, o parecer prévio que recomenda a aprovação das contas do governo Dilma Rousseff para o exercício financeiro de 2012. A decisão foi tomada por unanimidade de votos dos ministros do colegiado. Com a aprovação pelo TCU, o relatório e o parecer prévio serão encaminhados ao Congresso Nacional, que realiza o julgamento político. A entrega deve ocorrer no início desta tarde.

Relator no TCU das contas apresentadas pela Presidência da República, o ministro José Jorge fez ainda 41 recomendações que, segundo ele, complementam as 22 ressalvas que incluiu no parecer prévio.

De acordo com o parecer do relator, a execução orçamentária da União demonstra que "foram observados os princípios constitucionais e legais que regem a administração pública federal, e também as normas constitucionais, legais e regulamentares na execução do Orçamento da União e nas demais operações realizados com recursos públicos, em especial ao que estabelece a Lei Orçamentária Anual".

A análise das contas de 2012 buscou identificar se as políticas públicas, previstas no Plano Plurianual (PPA) 2012-2015, nas áreas de educação, saúde, desenvolvimento regional, infraestrutura e previdência estão sendo implementadas e cumprindo os objetivos traçados pelo governo. Analisa, também, se o governo está cumprindo os objetivos de crescimento econômico e de inclusão socioeconômica de indivíduos, grupos sociais e regiões do país.


No parecer, o relator apresenta também uma lista com a situação atualizada de 24 recomendações aprovadas no ano passado para o exercício financeiro de 2011. Do total, sete foram atendidas; seis estão sendo cumpridas; nove não foram atendidas; uma foi parcialmente atendida; e outra teve a apreciação do atendimento suspensa.

Entre as recomendações aprovadas hoje, está a de que o Tesouro Nacional e a Secretaria do Patrimônio da União incluam a depreciação de bens imóveis na política contábil atual do governo federal, bem como a depreciação dos bens de infraestrutura. À Presidência da República, o relator recomenda que não autorize as empresas estatais federais a declararem dividendos intermediários em condições não previstas em seus respectivos estatutos.

O relator pediu também mais transparência ao Conselho Monetário Nacional, em especial com relação aos motivos para a edição de normas de contabilidade; e ao Ministério da Saúde, no que se refere à Programação Anual de Saúde de 2013, de forma a permitir o acompanhamento anual das ações, metas e indicadores de recursos orçamentários.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraGovernoTCU

Mais de Economia

Governo abre crédito extraordinário de R$ 12,2 bilhões para o Rio Grande do Sul

Governo avalia usar saldo de Itaipu para isentar contas de luz de consumidores do Rio Grande do Sul

Efeitos das enchentes no RS na economia serão sentidos no PIB e nos preços, diz secretário

Petrobras: novo modelo de venda a distribuidoras deve reduzir preço do gás em até 10%

Mais na Exame