Economia

Taxas juros avançam com dólar focadas em meta fiscal e Levy

Às 10h04, o DI para janeiro de 2017 projetava 16,07%, ante 15,98% no ajuste de terça


	Taxas de juros: às 10h04, o DI para janeiro de 2017 projetava 16,07%, ante 15,98% no ajuste de terça
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Taxas de juros: às 10h04, o DI para janeiro de 2017 projetava 16,07%, ante 15,98% no ajuste de terça (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2015 às 09h36.

São Paulo - Os juros futuros estão em alta desde a abertura nesta quarta-feira, 16, em linha com o dólar diante da expectativa de que o Federal Reserve poderá anunciar às 17 horas a elevação dos juros nos Estados Unidos.

Operadores destacam, contudo, que o mercado também reage mal à chance de saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em caso de redução da meta fiscal de 2016.

Levy defende a manutenção da meta de superávit primário de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto o governo propõe baixá-la para uma banda entre zero e 0,5% do PIB.

Na semana passada, o ministro ameaçou deixar o governo, se a meta for reduzida, em na terça-feira, 15, a agência Moody's alertou que se a meta primária para 2016 for zerada ou deficitária, haverá pressões negativas sobre o rating do País.

Desse modo, o debate sobre quem poderia ser o substituto de Levy e em torno de uma eventual perda do grau de investimento volta a rondar as mesas de operações, trazendo pressão adicional aos juros futuros, segundo profissionais consultados.

Às 10h04, o DI para janeiro de 2017 projetava 16,07%, ante 15,98% no ajuste de terça. O DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 16,32%, de 16,10% na véspera.

Até o momento, vários indicadores internos já foram divulgados, sem impacto nos negócios. O IGP-10, por exemplo, subiu 0,81% em dezembro, ante 1,64% em novembro, e ficou dentro do esperado (de 0,64% a 0,96%) e abaixo da mediana de 0,85%. No ano, o IGP-10 acumula alta de 10,54%.

Já o IPC-S ficou em 1,06% na segunda quadrissemana de dezembro ante 1,21% na anterior, informou a FGV.

As vendas do comércio varejista subiram 0,6% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal - acima do intervalo das estimativas (-0,20% a -2,20%, com mediana negativa de 1,00%). Ante outubro de 2014, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo caíram 5,6%.

As vendas do varejo restrito acumulam queda de 3,6% no ano, além de retração de 2,7% em 12 meses.

No varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 0,1% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal e, na comparação com outubro de 2014, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram baixa de 11,8% em outubro de 2015.

Até outubro, as vendas do comércio varejista ampliado acumulam queda de 7,9% no ano. Em 12 meses, houve redução de 6,8%.

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