Economia

Superávit primário soma R$ 19,8 bilhões em abril

Dinheiro economizado serve para pagar os juros da dívida pública

Arrecadação de imposto de renda impulsionou o superávit registrado pelo BC (.)

Arrecadação de imposto de renda impulsionou o superávit registrado pelo BC (.)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2010 às 17h43.

Brasília - O setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 19,789 em abril, R$ 7,8 bilhões superior ao montante obtido em igual período de 2009. O resultado é o melhor computado desde abril de 2008.

O Governo Central, que inclui o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central, teve superávit de R$ 16,5 bilhões e os governos regionais registraram resultado positivo de R$ 3,6 bilhões. Já as empresas estatais foram deficitárias em R$ 350 milhões.

No acumulado do ano, o superávit primário chegou a R$ 36,6 bilhões, 0,23 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. O dinheiro economizado serve para o pagamento dos juros da dívida pública.

O superávit deve-se, principalmente, à arrecadação. "Abril é um mês em que se recolhe o imposto de renda de pessoa física e há também o pagamento de primeira cota e cota única do IR das pessoas jurídicas", pondera o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. Segundo ele, no mês há uma confluência de fatores que levam a resultados bastante positivos.

Já no fluxo acumulado em 12 meses, o resultado primário foi equivalente a 2,7% do PIB, ainda abaixo da meta estipulada pelo governo de 3,3%.

O saldo da dívida em abril foi de R$ 1,37 trilhão, correspondendo a 42,2 % do PIB - uma baixa de 0,2 p.p. em comparação a março. Contribuíram para a queda o superávit primário "expressivo" e a redução do crescimento do PIB corrente. Segundo Lopes, a meta de fechar o ano com a relação dívida-PIB em 40% está mantida, mas deverá ser revista em junho.

Em entrevista coletiva, Lopes afirmou que dívida está em constante desaceleração. "A tendência é que a dívida continue caindo de maneira consistente", disse ele.

A dívida bruta do governo geral - que inclui Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais - atingiu R$ 1,968 trilhão; em março, o valor ficou em R$ 1,947 trilhão. 

Leia mais: Maquiar dados para alcançar meta de 3,3% é um erro, diz economista

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