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Suíça pode endurecer regras contra lavagem de dinheiro

Relatório apontou que o país ainda está sujeito a crimes financeiros


	Monte de dinheiro: a lavagem de dinheiro ligada a organizações esportivas não foi citada no documento
 (Jupiterimages/Thinkstock)

Monte de dinheiro: a lavagem de dinheiro ligada a organizações esportivas não foi citada no documento (Jupiterimages/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2015 às 14h03.

Zurique - A Suíça pode endurecer as regras contra a lavagem de dinheiro após a publicação de um relatório de um grupo indicado pelo governo que apontou que o país ainda está sujeito a crimes financeiros.

O documento do grupo interdepartamental de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento de terrorismo da Suíça (CGMT, na sigla em inglês) veio à tona em meio a um escândalo de corrupção envolvendo a Fifa, o organismo que administra o futebol em todo o mundo.

“(O relatório) mostra que a Suíça não está imune aos crimes financeiros e ainda é uma localidade atraente para lavar os lucros do crime, sobretudo aquele cometido no exterior”, declarou o governo suíço em um comunicado.

A lavagem de dinheiro ligada a organizações esportivas não foi citada no documento.

Embora a CGMT tenha notado que a legislação em vigor é uma resposta adequada aos riscos atuais, mesmo assim recomenda oito medidas para aprimorar a atual infraestrutura contra lavagem de dinheiro.

Estas incluem um esforço para aumentar o diálogo entre os setores público e privado, assim como o desenvolvimento e a sistematização de estatísticas. Após analisar o relatório, o governo suíço fará suas próprias recomendações ao parlamento.

A CGMT informou que o Escritório de Alerta de Lavagem de dinheiro da Suíça (MROS, na sigla em inglês) recebeu uma série de notificações de bancos relacionadas a acordos suspeitos no comércio de commodities.

A Suíça é o maior polo de negociação de petróleo e minério de ferro e sedia muitas empresas do setor, como Trafigura e Glencore. Dois terços destas notificações envolveram transações realizadas por empresas localizadas fora da Suíça, um obstáculo para se rastrear acordos duvidosos, afirmou a CGMT em seu relatório.

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