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Statoil prevê aumentar produção de petróleo em Peregrino

Empresa quer que o campo de Peregrino, na Bacia de Campos, volte a produzir entre 90 mil e 95 mil barris de petróleo por dia

Bacia de Campos: empresa prepara realização de uma segunda fase de desenvolvimento para a área (Bruno Domingos / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2014 às 14h14.

Rio de Janeiro - A petroleira norueguesa Statoil está trabalhando para que o campo de Peregrino, na Bacia de Campos, volte a produzir entre 90 mil e 95 mil barris de petróleo/dia nos próximos meses, ante os atuais 80 mil a 85 mil barris/dia.

"O desafio é aumentar o fator de retorno", afirmou nesta terça-feira o vice-presidente de Relações Públicas da petroleira norueguesa, Mauro Andrade, em evento de petróleo Latin Oil Week no Rio de Janeiro.

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Peregrino já registrou picos de produção acima de 100 mil barris de petróleo/dia. "Eu tenho alguns poços de produção parados porque a gente tem que trocar as bombas elétricas submersas, elas têm uma vida útil de dois, três anos", explicou o executivo.

Segundo Andrade, a instalação de bombas elétricas submersas, que precisam ser trocadas periodicamente, são necessárias devido ao tipo de óleo produzido pelo campo.

O plano de desenvolvimento de Peregrino aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a área prevê um total de 47 poços de petróleo, sendo 40 produtores e 7 injetores. Atualmente, a empresa tem cerca de 20 poços perfurados no campo, segundo o executivo. A Statoil é a terceira maior operadora do Brasil, segundo o órgão regulador.

SEGUNDA FASE Para evitar o declínio da produção do campo no longo prazo, a empresa prepara a realização de uma segunda fase de desenvolvimento para a área.

O executivo explicou que a empresa trabalha atualmente na definição do conceito de engenharia de uma nova plataforma para Peregrino, que deve ser definida entre o fim deste ano e o primeiro trimestre de 2015. A partir dessa avaliação será possível definir o investimento para a plataforma.

O objetivo da empresa é acrescentar pelo menos 150 milhões de barris de petróleo recuperáveis às atuais reservas da Statoil, que somam mais de 300 milhões de barris de petróleo recuperáveis.

"Se tudo funcionar bem, o primeiro óleo (dessa nova fase) está previsto para 2019", afirmou Andrade. A área já produziu mais de 70 milhões de barris de petróleo desde abril de 2011.

Peregrino é operado pela Statoil, que tem 60 por cento de participação, e os outros 40 por cento são da chinesa Sinochem.

A empresa também prevê concluir até outubro sísmicas de seis blocos na Bacia do Espírito Santo arrematados na décima primeira rodada de licitação de blocos exploratórios de petróleo, realizada em maio do ano passado. Desses seis blocos, a Statoil é operadora de quatro.

"O comprometimento total para esses seis blocos são de dez blocos perfurados (até 2018)", afirmou. "Possivelmente em 2017 a gente comece a perfurar os poços", disse, ponderando que a previsão para a perfuração de poços vai depender de diversas variantes, como a quantidade de sondas disponíveis no mercado.

Atualizado às 14h14
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