Economia

Síria atribui à Al Qaeda explosões desta 6ª feira em Damasco

As investigações preliminares apontam a Al Qaeda como responsável pelas explosões, que ocorreram perto do edifício da Segurança do Estado

O Observatório Sírio de Direitos Humanos indicou que foram escutados fortes disparos na região em uma nova jornada de violência (Louai Beshara/AFP)

O Observatório Sírio de Direitos Humanos indicou que foram escutados fortes disparos na região em uma nova jornada de violência (Louai Beshara/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2011 às 07h49.

Cairo - Duas explosões atingiram nesta sexta-feira as imediações de dois edifícios da Segurança Central em Damasco, segundo a agência de notícias estatal 'Sana', que apontou que a organização terrorista Al Qaeda estaria por trás dos atentados.

Em comunicado, a 'Sana' destacou que as investigações preliminares apontam a Al Qaeda como responsável pelas explosões, que ocorreram perto do edifício da Segurança do Estado e de uma filial do mesmo departamento na capital síria.

A agência destacou que as duas operações terroristas foram executadas por suicidas com carros-bomba.

Além disso, o Observatório Sírio de Direitos Humanos indicou que foram escutados fortes disparos na região em uma nova jornada de violência, no dia seguinte à chegada da primeira delegação de observadores da Liga Árabe para comprovar a cessação da violência no país.

O Observatório acrescentou que reforços militares chegaram nesta manhã à localidade de Dael, na província de Deraa, para efetuar uma campanha de detenções.

Segundo os opositores Comitês de Coordenação Local, ao menos quatro pessoas morreram nesta sexta-feira, que se somam às 41 que perderam a vida na quinta como consequência da repressão do regime em distintas localidades do país.


Estes novos atos violentos foram registrados depois da chegada de um grupo de analistas da Liga Árabe para comprovar no território que o regime cumpre a iniciativa árabe para solucionar a crise no país, que estipula, entre outros pontos, o fim da violência.

Na quinta, a agência estatal divulgou que o governo enviou uma carta à Assembleia Geral e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas na qual cifrou em mais de 2 mil o número de membros das Forças Armadas mortos nos últimos meses.

Desde que começaram os protestos, em março, mais de 5 mil pessoas morreram pela repressão governamental, segundo a ONU, apesar de Damasco culpar grupos terroristas da violência. 

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