Economia

Serra defende maior liberação comercial entre países do Mercosul

Serra afirmou ainda que as eleições na França e na Alemanha devem comprometer o ritmo das negociações do acordo entre Mercosul e União Europeia

Serra: para o ministro de Relações Exteriores, as exportações da região devem cair mais de 5% em 2016 (Susana Vera/Reuters)

Serra: para o ministro de Relações Exteriores, as exportações da região devem cair mais de 5% em 2016 (Susana Vera/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de novembro de 2016 às 16h53.

São Paulo - O ministro das Relações Exteriores, José Serra, defendeu nesta segunda-feira, 28, maior liberação comercial entre países do Mercosul. Segundo ele, existem atualmente 80 medidas ou situações que dificultam o comércio entre os parceiros do bloco.

Ao participar de evento da Fundação Getulio Vargas (FGV) que debateu a inserção do Brasil no comércio internacional, Serra afirmou que, a despeito dessas barreiras, não percebe grande resistência dos governos à maior abertura entre os membros do Mercosul.

Serra também ampliou sua análise aos demais países da América Latina, citando que as exportações da região devem cair mais de 5% em 2016, no quarto ano seguido de retração. No ano passado, a queda já tinha sido de 15%.

"Temos na América Latina o pior desempenho em oito décadas, o que mostra que não é uma situação passageira", assinalou Serra, acrescentando que o comércio interregional deve cair 10% neste ano, muito devido à crise no Brasil.

Durante seu discurso, Serra afirmou ainda que as eleições na França e na Alemanha devem comprometer o ritmo das negociações do acordo entre Mercosul e União Europeia, apesar do empenho do governo no tema, considerado prioritário.

"Não é um panorama que vá favorecer a aceleração", disse o chanceler, que também pediu um olhar não imediatista para as medidas que estão sendo tomadas pelo ministério.

"No médio prazo, muita coisa que estamos fazendo vai dar certo, não no curto prazo."

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