Economia

Sem anúncio de Levy, rumores ganham espaço na Fazenda

A especulação que ganha força é de que poderá haver uma solução interna para o comando do Tesouro


	Joaquim Levy: o futuro ministro não tem conversado sobre a equipe, nem mesmo com os auxiliares mais próximos dessa fase de transição
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Joaquim Levy: o futuro ministro não tem conversado sobre a equipe, nem mesmo com os auxiliares mais próximos dessa fase de transição (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2014 às 11h32.

Brasília - O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem mantido total discrição sobre os nomes da sua equipe, mas no Ministério da Fazenda a especulação que ganha força é de que poderá haver uma solução interna para o comando do Tesouro Nacional.

O cargo é chave para a estratégia do ministro de recuperar a credibilidade da política fiscal e a confiança dos investidores.

Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, a possibilidade de um funcionário da casa substituir o secretário Arno Augustin no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff vem sendo aventada nas últimas semanas.

Embora os rumores sejam fortes, há apostas de que a escolha para o Tesouro virá de fora do Ministério da Fazenda.

As opções internas mais citadas nos corredores da Fazenda são as dos subsecretários da Dívida Pública, Paulo Valle, e de Política Fiscal, Marcus Pereira Aucélio.

Os dois trabalharam com Joaquim Levy na época em que ele foi secretário do Tesouro durante a gestão de Antonio Palocci no Ministério da Fazenda, no início do governo Lula.

Enquanto Valle cuida da gestão e administração da Dívida Pública, Aucélio é o homem do caixa do Tesouro, sendo responsável pela liberação dos recursos do governo para os diversos órgãos.

O nome do diretor da Bradesco Seguros, Tarcísio Godoy, é citado para ocupar a Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda em substituição a Paulo Caffarelli. Godoy foi secretário do Tesouro e conhece com profundidade os meandros da máquina pública.

Passado o período pós-anúncio dos nomes de Levy para a Fazenda e de Nelson Barbosa para o Ministério do Planejamento, no final de novembro, não surgiram muitos nomes para a equipe.

Os nomes citados até agora, além de Godoy, foram o do diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton, e da economista Eduarda La Roque, presidente do Instituto Pereira Passos (IPP) da Prefeitura do Rio de Janeiro. Esses nomes foram citados inicialmente para o Tesouro Nacional.

Para a Secretaria de Política Econômica (SEP), outro cargo chave na burocracia do Ministério da Fazenda, não surgiu nem mesmo especulações de nomes. Para a Receita Federal, a especulação é de que Carlos Alberto Barreto poderá ser substituído por Paulo Ricardo Cardoso, atual subsecretário de Tributação e Contencioso.

Hamilton já negou, durante a entrevista do Relatório Trimestral de Inflação, que tenha sido sondado por Levy para integrar sua equipe.

A demora e discrição de Levy na definição dos principais nomes da sua equipe tem gerado surpresa e ansiedade, já que faltam poucos dias para ele assumir oficialmente o cargo. O futuro ministro não tem conversado sobre a equipe, nem mesmo com os auxiliares mais próximos dessa fase de transição.

"Não tem nada definido ainda. E o ministro Joaquim Levy é extremamente discreto com este tema. Não comenta nada", afirmou um fonte do governo.

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