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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h40.
A corrida presidencial, marcada por uma campanha cada vez mais agressiva entre Serra, Ciro, Lula e Garotinho, praticamente tirou as atenções da disputa pelo governo de São Paulo, que pode ser considerada a segunda mais importante eleição deste 6 de outubro.
Enquanto a imprensa acompanha, ponto a ponto, as subidas de Lula e Serra e a queda de Ciro Gomes, as pesquisas mostram que a sucessão em São Paulo está cada vez mais indefinida, um cenário que mudou sensivelmente com o início do horário eleitoral gratuito.
De acordo com o Ibope, Paulo Maluf, do PPB, que liderava com folga, perdeu sete pontos percentuais no último mês e agora tem um ponto a menos que Geraldo Alckmin, do PSDB. Alckmin lidera por uma margem pequena e pode ser considerado tecnicamente empatado com Maluf. Este passou de 35% para 28%, enquanto o atual governador subiu de 24% para 29%. E isso não é tudo. Quem mais cresceu nas quatro últimas pesquisas do Ibope é José Genoíno, do PT. Em agosto, o candidato petista tinha 11%, mas já subiu 8 pontos percentuais em um mês. Agora aparece com 19%.
A diferença entre Maluf, o então favorito, e Genoíno, o lanterninha, caiu de 24 para 9 pontos percentuais em menos de 30 dias. Faltando ainda duas semanas de propaganda eleitoral na TV, tudo é possível. Embora um segundo turno entre Alckmin e Maluf seja mais provável, as curvas de desempenho não descartam a hipótese de o petista disputar com Maluf o direito de ir ao segundo turno da eleição paulista. Nesse caso, Maluf, que tem boa aceitação entre as classes menos favorecidas e sempre é nome forte nas eleições em São Paulo, passaria de líder a derrotado no primeiro turno.
Em simulações de segundo turno, o Ibope mostra que Alckmin venceria Maluf por 48% a 39%. Se a disputa fosse entre Maluf e Genoíno, haveria empate: ambos com 43% das intenções de votos.
Outro número levantado pelo Ibope pode indicar que PT e PPB devem disputar a ida para o segundo turno. Além da tendência de queda, Maluf tem contra ele o maior índice de rejeição (37%), enquanto o petista e Alckmin estão empatados com 14%. A rejeição a Maluf subiu 5 pontos percentuais em relação à pesquisa da semana passada. Alckmin manteve os mesmos 14%, ao mesmo tempo em que a rejeição a Genoíno caiu 2 pontos.
Senado acirrado
O mesmo panorama se aplica à disputa pelas duas cadeiras paulistas no Senado. Romeu Tuma, do PFL, que tenta a reeleição, manteve a liderança durante o último mês, passando de 32% para 35%. Mas houve troca de lugar para a segunda cadeira. Orestes Quércia, a grande aposta do PMDB paulista, deu lugar a Aloizio Mercadante, do PT. Mesmo contando com boa parte do horário peemedebista na TV, Quércia ganhou 2 pontos percentuais e fechou o último mês com 26%, enquanto Mercadante cresceu 10 pontos até 31%.
O outro nome de peso, José Aníbal, do PSDB, demonstra dificuldades para entrar na briga, segundo as pesquisas. De 5%, ele cresceu para 9% e está em quarto lugar.