Exame Logo

Seca no Sul afetou mais de 3 milhões de pessoas

Autoridades informaram que a falta de água já compromete a produção agrícola e o abastecimento nos três estados

Pelos dados da Defesa Civil catarinense, 83 municípios estão em situação de emergência (Flávio Berger/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2012 às 17h21.

Brasília - A estiagem ainda causa estragos no Sul do país. Mais de 500 municípios, em Santa Catarina, no Rio do Sul e no Paraná, estão em situação de emergência e cerca de 3 milhões de pessoas foram afetadas pela falta de chuva desde novembro do ano passado. As autoridades informaram que a falta de água já compromete a produção agrícola e o abastecimento nos três estados.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê para hoje (20) tempo nublado e pancadas de chuva e trovoadas no Leste de Santa Catarina, Centro e Leste do Paraná. Há previsão de chuvas isoladas nas demais áreas dos estados e no norte do Rio Grande do Sul. A temperatura deve oscilar entre 12 graus Celsius (°C) e 37°C. Apesar da previsão, as chuvas devem ocorrer de forma isolada e com curta duração, portanto não serão suficientes para reverter a situação da estiagem.

A Defesa Civil de Santa Catarina informou que as sete cidades vinculadas à região administrativa de São Miguel do Oeste receberão kits para tentar amenizar a ausência de água na área. Neles, há quatro caixas de água, duas bombas e acessórios como cintos e mangueiras para o transporte de água para consumo humano.

Pelos dados da Defesa Civil, 83 municípios estão em situação de emergência e a estimativa é que 495.244 pessoas tenham sido afetadas em cidades catarinenses.

A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) de Santa Catarina informou também que os prejuízos na agropecuária da região somam R$ 470 milhões. A produção mais prejudicada é a do milho. A estimativa é que 642,6 mil toneladas foram perdidas, representando 16,6% da produção esperada - que era de 3,88 milhões de toneladas.


A Epagri acrescentou ainda que 118 técnicos auxiliarão os produtores na preparação dos laudos periciais para receberem o seguro agrícola.

No Paraná, as cidades mais atingidas estão no Oeste e Sudoeste do estado. Há quatro dias, o governo do estado assinou decreto coletivo de situação de emergência, incluindo 137 municípios, dos quais 20 já haviam feito o decreto. Em mais dez cidades houve notificações preliminares de desastre (conhecida como Nopred). No total, a Defesa Civil estadual calcula que 1.346.296 pessoas são vítimas da estiagem.

O levantamento mais recente do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e Abastecimento mostra que a estiagem comprometeu 11,5% a safra de verão do Paraná, que estava prevista para 22,13 milhões de toneladas.As perdas no campo causaram um prejuízo financeiro de R$ 1,52 bilhão.

No Paraná, as culturas mais atingidas foram o milho, a soja e o feijão. O governo paranaense pediu rapidez nas vistorias de áreas afetadas para que os produtores possam receber as indenizações e retomar suas atividades, minimizando os prejuízos causados pela seca.

No Rio Grande do Sul, 312 municípios estão em situação de emergência e nove fizeram apresentaram Nopred. A Defesa Civil estadual estima que 1.837.395 pessoas tenham sido afetadas. A chuva da última semana trouxe um alívio para parte dos agricultores no Leste, Nordeste e Norte do estado. Mas as perdas, segundo as autoridades, são severas e tendem a aumentar.

Veja também

Brasília - A estiagem ainda causa estragos no Sul do país. Mais de 500 municípios, em Santa Catarina, no Rio do Sul e no Paraná, estão em situação de emergência e cerca de 3 milhões de pessoas foram afetadas pela falta de chuva desde novembro do ano passado. As autoridades informaram que a falta de água já compromete a produção agrícola e o abastecimento nos três estados.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê para hoje (20) tempo nublado e pancadas de chuva e trovoadas no Leste de Santa Catarina, Centro e Leste do Paraná. Há previsão de chuvas isoladas nas demais áreas dos estados e no norte do Rio Grande do Sul. A temperatura deve oscilar entre 12 graus Celsius (°C) e 37°C. Apesar da previsão, as chuvas devem ocorrer de forma isolada e com curta duração, portanto não serão suficientes para reverter a situação da estiagem.

A Defesa Civil de Santa Catarina informou que as sete cidades vinculadas à região administrativa de São Miguel do Oeste receberão kits para tentar amenizar a ausência de água na área. Neles, há quatro caixas de água, duas bombas e acessórios como cintos e mangueiras para o transporte de água para consumo humano.

Pelos dados da Defesa Civil, 83 municípios estão em situação de emergência e a estimativa é que 495.244 pessoas tenham sido afetadas em cidades catarinenses.

A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) de Santa Catarina informou também que os prejuízos na agropecuária da região somam R$ 470 milhões. A produção mais prejudicada é a do milho. A estimativa é que 642,6 mil toneladas foram perdidas, representando 16,6% da produção esperada - que era de 3,88 milhões de toneladas.


A Epagri acrescentou ainda que 118 técnicos auxiliarão os produtores na preparação dos laudos periciais para receberem o seguro agrícola.

No Paraná, as cidades mais atingidas estão no Oeste e Sudoeste do estado. Há quatro dias, o governo do estado assinou decreto coletivo de situação de emergência, incluindo 137 municípios, dos quais 20 já haviam feito o decreto. Em mais dez cidades houve notificações preliminares de desastre (conhecida como Nopred). No total, a Defesa Civil estadual calcula que 1.346.296 pessoas são vítimas da estiagem.

O levantamento mais recente do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e Abastecimento mostra que a estiagem comprometeu 11,5% a safra de verão do Paraná, que estava prevista para 22,13 milhões de toneladas.As perdas no campo causaram um prejuízo financeiro de R$ 1,52 bilhão.

No Paraná, as culturas mais atingidas foram o milho, a soja e o feijão. O governo paranaense pediu rapidez nas vistorias de áreas afetadas para que os produtores possam receber as indenizações e retomar suas atividades, minimizando os prejuízos causados pela seca.

No Rio Grande do Sul, 312 municípios estão em situação de emergência e nove fizeram apresentaram Nopred. A Defesa Civil estadual estima que 1.837.395 pessoas tenham sido afetadas. A chuva da última semana trouxe um alívio para parte dos agricultores no Leste, Nordeste e Norte do estado. Mas as perdas, segundo as autoridades, são severas e tendem a aumentar.

Acompanhe tudo sobre:Meio ambienteRio Grande do SulSanta CatarinaSul

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame