Economia

'Se a meta está errada, muda-se a meta', afirma Lula sobre controle da inflação

Lula disse que será preciso que o governo "encontre um jeito" para que a instituição monetária comece a reduzir a taxa de juros

Luiz Inácio Lula da Silva: "É no mínimo uma coisa não razoável de ser dita" (Ricardo Stuckert/ Twitter/Reprodução)

Luiz Inácio Lula da Silva: "É no mínimo uma coisa não razoável de ser dita" (Ricardo Stuckert/ Twitter/Reprodução)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 6 de abril de 2023 às 15h11.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reforçou nesta quinta-feira, 6, críticas em relação ao Banco Central e à taxa de juros que, em sua avaliação, está alta e, assim, "incompreensível" para o desenvolvimento do País.

Em café da manhã com jornalistas, Lula comentou declarações do presidente do BC, Roberto Campos Neto, de que, para atingir a meta de inflação em 2023, a Selic teria que ultrapassar 20%.

"É no mínimo uma coisa não razoável de ser dita", disse Lula. "Se a meta está errada, muda-se a meta", afirmou.

Redução da taxa de juros

Lula disse que será preciso que o governo "encontre um jeito" para que a instituição monetária comece a reduzir a taxa de juros. "Vamos ter que encontrar um jeito para que o Banco Central comece a reduzir a taxa de juros", comentou o presidente. "Não é compreensível porque não temos inflação de demanda", continuou.

Em meio às críticas a Campos Neto nas últimas semanas, Lula disse que não ficará "brigando" com o presidente do Banco Central, uma vez que a instituição detém autonomia em relação ao governo e quem aprovou o nome de Campos Neto foi o Senado Federal.

Diante disso, o petista lembra que irá escolher dois indicados para ocupar a diretoria da instituição. "Novos diretores vão mudar de acordo com interesses do governo", disse. "Vamos escolher as pessoas corretas."

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