Economia

Estado deve assumir recapitalização de banco, diz Schäuble

O ministro das Finanças da Alemanha disse que o fundo de resgate da zona do euro deve emprestar aos bancos somente em última instância


	O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schauble: governos da zona do euro possuem "concepções diferentes" sobre a maneira de recapitalizar bancos
 (Miguel Riopa/AFP)

O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schauble: governos da zona do euro possuem "concepções diferentes" sobre a maneira de recapitalizar bancos (Miguel Riopa/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 22h21.

Bruxelas - O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, alertou hoje que devem ser refreadas as expectativas de que o fundo de resgate da zona do euro será capaz de recapitalizar diretamente os bancos em dificuldades. "Daqui para frente é preciso colocar freios em boa parte das expectativas", disse Schäuble. Ou então, as demandas financeiras irão "totalmente submergir" e "rapidamente esvaziar" o fundo europeu de resgate.

Em entrevista coletiva após a reunião dos ministros de Finanças da zona do euro, Schäuble afirmou que o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês), o fundo de resgate permanente, "deve ser um emprestador de última instância".

Para ele, os 17 Estados membros da zona do euro devem também assumir a responsabilidade por qualquer recapitalização bancária necessária, a partir do momento em que o supervisor bancário único esteja estabelecido de forma confiável e em funcionamento.

As declarações de Schäuble sugerem que permanecem as principais diferenças entre os ministros de Finanças da zona do euro sobre como reforçar o sistema bancário da região. Ele disse que os governos da zona do euro têm "concepções diferentes" sobre como recapitalizar os bancos que sofreram perdas de ativos que foram adquiridos antes de o novo supervisor bancário comum entrar em operação.

Schäuble afirmou ainda que os líderes da zona do euro estão longe de chegar a uma decisão sobre um pacote de socorro para o Chipre, cujos bancos também precisam de capital novo depois de sofrerem perdas com a reestruturação da dívida grega. As informações são da Dow Jones.

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