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Salários na Argentina têm maior queda em quase três décadas, aponta relatório

Economista projetam uma queda de 3,5% do PIB para este ano

Argentinos fazem protesto contra política econômica de Milei (AFP Photo)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 26 de março de 2024 às 06h29.

Os salários no setor privado da Argentina tiveram a maior queda em quase 30 anos após a forte desvalorização do peso promovida por Javier Milei , segundo relatório do governo. As informações são do Yahoo Finance.

Os contracheques caíram 11% em dezembro em relação a novembro, já ajustados pela inflação, na maior perda mensal de renda desde que os relatórios do mercado de trabalho do governo começaram a ser publicados, há 29 anos.O declínio, embora parcialmente compensado por ganhos salariais em janeiro, levou a uma "queda significativa" no poder de compra do consumidor, segundo a Casa Rosada.

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Os dados ajudam a explicar por que os gastos das pequenas empresas registraram quedas de dois dígitos todos os meses desde que Milei assumiu o cargo, em 10 de dezembro.

Um importante sindicato que representa os funcionários do governo planeja entrar em greve nesta terça-feira depois de rejeitar o que chamou de aumento salarial "inaceitável" da administração de Milei.

Embora Milei ainda tenha índices de aprovação relativamente altos no país e o apoio de investidores no exterior, sua "terapia de choque", incluindo uma desvalorização de 54% do peso em dezembro, pode levar a Argentina a uma recessão ainda maior este ano e dificultar a aprovação de suas grandes reformas em um Congresso já hostil.

Economistas consultados pelo Banco Central da Argentina em fevereiro esperam que o produto interno bruto sofra uma contração de 3,5% este ano.
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