Economia

Safra de agosto pode ser levemente maior, afirma IBGE

A produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas (algodão em caroço, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, sorgo e trigo) na safra 2001/2002 poderá alcançar 98,625 milhões de toneladas, resultado 0,08% superior ao total obtido na safra do ano passado (98,544 milhões de toneladas). Os dados são da estimativa do mês de […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h46.

A produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas (algodão em caroço, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, sorgo e trigo) na safra 2001/2002 poderá alcançar 98,625 milhões de toneladas, resultado 0,08% superior ao total obtido na safra do ano passado (98,544 milhões de toneladas). Os dados são da estimativa do mês de agosto do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, realizado pelo IBGE. Em julho, a estimativa era de 98,744 milhões de toneladas.

Em termos absolutos, a produção brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas está assim distribuída pelas grandes regiões: Sul, 44,433 milhões de toneladas; Centro-Oeste, 31,135 milhões de toneladas; Sudeste, 14,169 milhões de toneladas; Nordeste, 6,634 milhões de toneladas; e Norte; 2,254 milhões de toneladas.

No "Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA)", de agosto, destaca-se a variação, em relação ao mês anterior, na estimativa de produção do trigo (1,64%).

Dentre os produtos analisados, apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: arroz em casca (3,22%), feijão em grão 1ª safra (38,36%), feijão em grão 2ª safra (21,65%), soja em grão (11,19%) e trigo (29,58%). Com variação negativa, algodão herbáceo (-14,07%), feijão em grão 3ª safra (-6,04%), milho em grão 1ª safra ( 16,38%) e milho em grão 2ª safra (-2,41%).

Devido à consolidação quase total da 1ª safra de grãos de 2002, pois os principais produtos já se encontram com suas colheitas realizadas, o foco principal agora dirige-se para as culturas de inverno (trigo, aveia, centeio e cevada), além da terceira e da segunda safra de feijão, esta última na região nordeste da Bahia.

No caso do trigo, nos dois maiores estados produtores, Paraná e Rio Grande do Sul, como também nos demais estados, as condições climáticas em agosto se apresentam favoráveis ao desenvolvimento dos plantios. No Paraná e no Rio Grande do Sul, respectivamente, são esperadas produções de 2,4 milhões de toneladas e 1,5 milhão de toneladas. A produção nacional prevista é de 4,225 milhões de toneladas, superior em 30% ao volume obtido em 2001.

Mesmo com a situação estável da lavoura do trigo em todos os estados produtores, alerta-se sobre os riscos climáticos que envolvem essa cultura. Nos principais pólos produtores do Rio Grande do Sul, vêm ocorrendo períodos de chuvas constantes que, em excesso, poderão prejudicar o desenvolvimento da cultura do trigo, mas precisamente nos estágios reprodutivos das plantas. Já no Paraná, bastante atingido pelas estiagens verificadas nas regiões norte e noroeste do estado nos meses de junho e julho, quando se divulgou uma perda em torno de 13% na produção de trigo, é grande a preocupação dos triticultores em relação ao comportamento do clima nos meses subseqϋentes.

Nas informações meteorológicas para a região Sul do país, existem fortes indicadores de ocorrência de baixas temperaturas, além da incidência de geadas tardias no princípio do mês de setembro. Com isso, a preocupação relativa a perdas na lavoura do trigo passam a ser relevantes. Recomenda-se, porém, aguardar o próximo acompanhamento de campo (em setembro) para se confirmar ou não a ocorrência dessas variações climáticas nos estados sulinos, denotando mais preocupação com os trigais do Paraná, por causa dos estágios vegetativos mais adiantados por que passa a cultura no estado.

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