Economia

Roubo ao BC de Fortaleza inspira longa de Marcos Paulo

São Paulo - Cinco anos atrás, ao assistir ao noticiário sobre o maior roubo a banco que o Brasil já viu - o segundo mais rentável do mundo - o ator e diretor Marcos Paulo pensou: "Isso é absolutamente cinematográfico." A produtora Walkiria Barbosa, diretora executiva da Total Entertainment (dos blockbusters "Se Eu Fosse Você" […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - Cinco anos atrás, ao assistir ao noticiário sobre o maior roubo a banco que o Brasil já viu - o segundo mais rentável do mundo - o ator e diretor Marcos Paulo pensou: "Isso é absolutamente cinematográfico." A produtora Walkiria Barbosa, diretora executiva da Total Entertainment (dos blockbusters "Se Eu Fosse Você" e "Divã"), teve a mesma sensação. Os desejos dos dois convergiram, outros talentos se juntaram ao projeto, e o resultado é "Assalto ao Banco Central", a primeira incursão de Marcos como diretor de cinema, depois de 40 anos de teledramaturgia.

O crime foi em Fortaleza, mas a maior parte das filmagens se deu no Estado do Rio. Terminaram ontem, na cidade de Arraial do Cabo. Há duas semanas, o jornal O Estado de S. Paulo acompanhou as gravações nos jardins do Museu da República, no Catete, transformado numa praça onde o protagonista, o Barão (Milhem Cortaz), se encontra com o personagem de Antônio Abujamra, que faz uma participação no filme como um informante. Ex-funcionário do banco, ele lhe passa a planta do cofre a ser arrombado e a disposição das câmeras e dos sensores de movimento, tudo para que o bando aja sem ser percebido.

Marcos gravou rapidamente - sabe bem o que quer, a despeito de ser 'iniciante', e está aberto a ouvir os companheiros mais experientes no mundo do cinema, garantem os envolvidos na produção. Teve de refazer takes por conta do barulho dos aviões (o museu é próximo do Aeroporto Santos Dumont) e do tráfego (buzinas, freadas, música alta repentina), mas não se irritou. Afinal, está realizando uma vontade antiga (para isso, contou com uma dispensa da TV Globo).

De tudo o que aconteceu entre os dias 6 e 7 de agosto de 2005, um fim de semana em que R$ 164 milhões foram roubados do Banco Central do Brasil, muito jamais foi descoberto - os assaltantes, parte deles presa, não confessaram o crime até hoje. Eles conseguiram chegar ao dinheiro porque construíram um túnel de 78 m de comprimento e 70 cm de diâmetro, a 4 m de profundidade, que ligava uma casa, onde se escondiam, ao banco.

No filme, que tem roteiro de Renê Belmonte (de "Se Eu Fosse Você") a história foi romanceada. Milhem faz um assaltante de origem rica, que arregimenta os comparsas lhes prometendo R$ 1 milhão pelo trabalho. É o cérebro do grupo, e não precisa levantar a voz nem usar da força física para se impor. "O Barão é um homem inteligente, estrategista, que não anda armado o tempo todo. É vaidoso, se veste bem e não tem senso de humor", diz Milhem. Elenco conta ainda com Eriberto Leão, Hermila Guedes Gero Camilo, Heitor Martinez, Fabio Lago, Vinícius de Oliveira. As personagens de Lima Duarte e Giulia Gam são delegados federais que investigam o crime. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leia mais notícias relacionadas a cinema ou Banco Central

Acompanhe tudo sobre:ArteBanco CentralCinemaEntretenimentoMercado financeiroRegião Nordeste

Mais de Economia

EUA: Fed deve reduzir capital exigido a bancos em proposta regulatória

China anuncia investigação antidumping sobre produtos químicos importados da UE e dos EUA

Após pedido do governo, Zanin suspende liminar que reonera a folha de pagamentos por 60 dias

Haddad: governo anuncia na próxima semana medidas sobre impacto e compensação da desoneração

Mais na Exame