Economia

Riscos para América Latina persistem, diz Fitch

É pouco provável que estas dinâmicas variem e elas estão criando uma "nova normalidade na região", apontou a Fitch


	Sede da Fitch Ratings: a Fitch considera que a América Latina continua vulnerável a uma desaceleração mais acentuada na economia chinesa
 (Matt Lloyd/Bloomberg)

Sede da Fitch Ratings: a Fitch considera que a América Latina continua vulnerável a uma desaceleração mais acentuada na economia chinesa (Matt Lloyd/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2016 às 09h38.

A América Latina entrou em um período de expansão contida devido ao comércio global fraco, à desaceleração da China, aos preços menores das matérias-primas e aos baixos níveis de investimento na região, disse a agência de classificação de risco Fitch Ratings em seu documento "Risk Radar".

É pouco provável que estas dinâmicas variem e elas estão criando uma "nova normalidade na região", apontou a Fitch, destacando que o Brasil segue sofrendo sua pior recessão em décadas e enfrenta sérios problemas macroeconômicos e fiscais.

"Apesar de uma recuperação modesta nos preços das matérias-primas nos últimos meses, o crescimento da América Latina permanece contido e o balanço de riscos para a região continua inclinado para baixo", disse o chefe de crédito regional da Fitch Rui J. Pereira.

"Entretanto, a transição tem sido ordenada e os governos têm tomado medidas para frear a deterioração fiscal", completou.

A Fitch disse esperar que Venezuela, Equador e Argentina registrem contração em 2016, embora tenha indicado que o novo governo argentino agiu rapidamente para reduzir a distorção econômica, elevando a confiança dos investidores.

O México, a América Central e o Caribe se mantêm em uma posição mais firme devido aos seus vínculos econômicos com os Estados Unidos, apontou o documento.

A Fitch considera que a América Latina continua vulnerável a uma desaceleração mais acentuada na economia chinesa. Da mesma forma, uma maior deterioração do Brasil poderia começar a pesar sobre seus vizinhos.

A agência revisou para baixo sua projeção econômica para a região e agora espera uma contração de 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 e um crescimento de 1,8 por cento em 2017.

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingAmérica LatinaEmpresasFitchRecessão

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor