Economia

Risco-país passa de mil pontos, o maior desde novembro

O risco-país brasileiro superou a barreira dos mil pontos na tarde desta quinta-feira, marca que não se alcançava desde novembro do ano passado. O índice risco-país é calculado pelo banco norte-americano JP Morgan e serve de termômetro para o mercado saber se há a possibilidade de um país dar calote em suas dívidas. O ranking […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h36.

O risco-país brasileiro superou a barreira dos mil pontos na tarde desta quinta-feira, marca que não se alcançava desde novembro do ano passado.

O índice risco-país é calculado pelo banco norte-americano JP Morgan e serve de termômetro para o mercado saber se há a possibilidade de um país dar calote em suas dívidas.

O ranking do JP Morgan mostra que o Brasil tem, hoje, o quarto pior risco-país do mundo. Ficamos atrás apenas de Equador (1231 pontos), Nigéria (1263 pontos) e da líder Argentina (5898 pontos).

O risco-país brasileiro só havia passado dos mil pontos em novembro do ano passado, auge da crise argentina. Na época, o mercado temia que todas as economias da América Latina sofressem com o efeito De la Rúa, que ameaçava dar calote em seus credores.

A América Latina não acompanhou o país vizinho e o risco-país do Brasil voltou a cair no início do ano. Em março, por exemplo, oscilou na casa dos 700 pontos e, de lá para cá, vem subindo dia após dia.

Coincidência ou não, a evolução do risco-país brasileiro acompanha a tendência de alta do pré-candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, nas pesquisas sobre a sucessão presidencial. Em março, Lula aparecia estável, em 1º lugar, com 32% da preferência do eleitorado.

Dois meses depois, de acordo com pesquisas Ibope, Vox Populi e Datafolha, Lula já chega aos 42% das intenções de voto e dobrou a diferença sobre o candidato governista, José Serra, que, no mesmo período, viu seu desempenho cair de 22% para 16%, queda que reflete o impacto das denúncias contra seu ex-assessor Ricardo Sérgio no caso Vale.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

São Paulo cria meio milhão de empregos formais em um ano, alta de 3,6%

EUA divulga payroll de agosto nesta sexta — e que pode ser crucial para o Fed

Senado marca sabatina de Galípolo para 8 de outubro, dia em que indicação será votada no plenário

Lula diz que acordo com Vale sobre desastres em Minas Gerais será resolvido até outubro

Mais na Exame