Regulador propõe reajuste de 4,66% em tarifa da Sabesp
`Proposta, que consta em nota técnica da Arsesp, ainda deve passar com consulta pública
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 16h36.
São Paulo - A agência reguladora paulista de saneamento e energia divulgou nesta quinta-feira proposta de reajuste das tarifas da Sabesp de 4,6607 por cento, abaixo do pleiteado pela empresa e que desagradou investidores.
A proposta, que consta em nota técnica da Arsesp, ainda deve passar com consulta pública, e a decisão final só será divulgada em 11 de abril. Porém, ficou bem abaixo do percentual defendido pela empresa, de um aumento de 13,11 por cento.
As ações da Sabesp tiveram queda de 4,47 por cento nesta quinta-feira, a segunda maior baixa entre os papéis que integram a carteira teórica do Ibovespa, que caíu 0,84 por cento.
"Entendemos como negativo as definições propostas pela Arsesp", afirmaram analistas da XP Investimentos, em nota.
"A proposta de reajuste tarifário é inferior ao número pleiteado pela Sabesp e ficou perto do piso das expectativas de analistas, que variavam entre 4 e 10 por cento", completaram.
Analistas do Citi destacaram em relatório que a decisão da Arsesp não descartou um risco importante para a companhia, relativo aos royalties de São Paulo.
"O regulador propôs um regime tarifário que supostamente permitiria à Sabesp adicionar uma sobretaxa somente para usuários que moram na cidade de São Paulo, permitindo uma recuperação nas taxas da concessão. Porém, o regulador concordou em suspender o repasse a pedido do governo de São Paulo. O regulador não submeteu a suspensão e ainda não forneceu uma solução nas notas técnicas."
Se aprovado, o índice de reajuste --resultado de fatores que incluem preço máximo inicial (P0) de 2,52411 reais por metro cúbico e fator de eficiência (Fator X) de 0,9418 por cento-- deve ser aplicado às tarifas com faturamento a partir de 11 de maio.
"É oportuno esclarecer que esse percentual ainda é uma estimativa baseada em uma variação presumida para o IPCA até março. Os valores definitivos somente serão conhecidos após a divulgação pelo IBGE do IPCA referente a março de 2014, o que deverá ocorrer na primeira semana de abril", informou a Arsesp.
A expectativa de analista era que a agência reguladora divulgasse na terça-feira a proposta que vai agora ser avaliada por consulta pública, após ter adiado o anúncio no início de janeiro. Mas a Arsesp divulgou no fim da terça-feira que os cálculos seriam disponibilizados até esta quinta-feira. Naquele dia, a ação da Sabesp disparou mais de 8 por cento, ante um avanço de 1,59 por cento do Ibovespa.
O processo de revisão tarifária ocorre em meio a uma forte seca na região Sudeste do país, que reduziu os níveis de reservatórios de água.
A Sabesp adotou um programa de incentivo à redução do consumo dos clientes atendidos pelo Sistema Cantareira, que abastece parte relevante da região metropolitana de São Paulo, dando descontos de 30 por cento para quem cortar o consumo mensal de água em 20 por cento.
Nesta quinta-feira, o nível do Sistema Cantareira estava em 18,8 por cento da capacidade ante 27,2 por cento no início do ano.
Diante da expectativa do impactos dessa situação nos resultados da empresa, analistas esperam que uma revisão tarifária possa compensar parte das perdas.
São Paulo - A agência reguladora paulista de saneamento e energia divulgou nesta quinta-feira proposta de reajuste das tarifas da Sabesp de 4,6607 por cento, abaixo do pleiteado pela empresa e que desagradou investidores.
A proposta, que consta em nota técnica da Arsesp, ainda deve passar com consulta pública, e a decisão final só será divulgada em 11 de abril. Porém, ficou bem abaixo do percentual defendido pela empresa, de um aumento de 13,11 por cento.
As ações da Sabesp tiveram queda de 4,47 por cento nesta quinta-feira, a segunda maior baixa entre os papéis que integram a carteira teórica do Ibovespa, que caíu 0,84 por cento.
"Entendemos como negativo as definições propostas pela Arsesp", afirmaram analistas da XP Investimentos, em nota.
"A proposta de reajuste tarifário é inferior ao número pleiteado pela Sabesp e ficou perto do piso das expectativas de analistas, que variavam entre 4 e 10 por cento", completaram.
Analistas do Citi destacaram em relatório que a decisão da Arsesp não descartou um risco importante para a companhia, relativo aos royalties de São Paulo.
"O regulador propôs um regime tarifário que supostamente permitiria à Sabesp adicionar uma sobretaxa somente para usuários que moram na cidade de São Paulo, permitindo uma recuperação nas taxas da concessão. Porém, o regulador concordou em suspender o repasse a pedido do governo de São Paulo. O regulador não submeteu a suspensão e ainda não forneceu uma solução nas notas técnicas."
Se aprovado, o índice de reajuste --resultado de fatores que incluem preço máximo inicial (P0) de 2,52411 reais por metro cúbico e fator de eficiência (Fator X) de 0,9418 por cento-- deve ser aplicado às tarifas com faturamento a partir de 11 de maio.
"É oportuno esclarecer que esse percentual ainda é uma estimativa baseada em uma variação presumida para o IPCA até março. Os valores definitivos somente serão conhecidos após a divulgação pelo IBGE do IPCA referente a março de 2014, o que deverá ocorrer na primeira semana de abril", informou a Arsesp.
A expectativa de analista era que a agência reguladora divulgasse na terça-feira a proposta que vai agora ser avaliada por consulta pública, após ter adiado o anúncio no início de janeiro. Mas a Arsesp divulgou no fim da terça-feira que os cálculos seriam disponibilizados até esta quinta-feira. Naquele dia, a ação da Sabesp disparou mais de 8 por cento, ante um avanço de 1,59 por cento do Ibovespa.
O processo de revisão tarifária ocorre em meio a uma forte seca na região Sudeste do país, que reduziu os níveis de reservatórios de água.
A Sabesp adotou um programa de incentivo à redução do consumo dos clientes atendidos pelo Sistema Cantareira, que abastece parte relevante da região metropolitana de São Paulo, dando descontos de 30 por cento para quem cortar o consumo mensal de água em 20 por cento.
Nesta quinta-feira, o nível do Sistema Cantareira estava em 18,8 por cento da capacidade ante 27,2 por cento no início do ano.
Diante da expectativa do impactos dessa situação nos resultados da empresa, analistas esperam que uma revisão tarifária possa compensar parte das perdas.