A receita das empresas de previdência privada no Brasil cresceu 56% em janeiro especialmente em razão dos planos VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). Segundo a pesquisa mensal da Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp), o faturamento do setor passou de 1,092 em janeiro de 2003 para 1,706 bilhão de reais em janeiro deste ano, sendo que 51,4% desse total veio do VGBL.

O VGBL, indicado para quem é isento do Imposto de Renda (IR) ou que declara o imposto pelo modelo simplificado, captou uma receita de 878 milhões de reais em janeiro de 2004, o que representa um crescimento de 151% em relação ao mesmo mês do ano passado. Segundo a Anapp, o VGBL cresceu graças ao à oferta mais agressiva do plano por parte das entidades abertas. Apesar de ser um produto do ramo de seguro de vida, o VGBL é contabilizado pela Anapp e vendido pelas instituições como previdência.

O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), que permite diferimento do IR das pessoas físicas que declaram o imposto pelo modelo completo, apresentou crescimento de 57,6% no mesmo período de comparação, com receita de 443 milhões de reais.

Segundo a Anapp, a queda na receita nos planos tradicionais (-17,3%), com faturamento de 382 milhões de reais em janeiro de 2004, contra 461 milhões em janeiro de 2003, já era esperada. As empresas reduziram a oferta desses produtos que garantiam uma rentabilidade ao investidor, ao contrário do VGBL e do PGBL. Para a Anapp, "a nova safra de produtos com rentabilidade garantida que está sendo regulamentada pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) deverá dar um novo impulso a esse tipo de plano".