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Real fraco acelera vendas de açúcar da próxima safra

A vantagem de uma forte queda do real frente ao dólar para as usinas brasileiras é que elas podem maximizar retornos em moeda local com vendas do açúcar

Operários trabalham em colheita de cana-de-açucar: o real atingiu uma mínima recorde de 4,2482 frente ao dólar na quinta-feira (Rodolfo Buhrer/La Imagem/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2015 às 13h13.

Londres - Vendas antecipadas de açúcar da próxima safra do Brasil progrediram rapidamente devido à queda do real para uma mínima recorde nesta semana, e grande parte do travamento de preços pode já ter sido realizada, disseram operadores europeus nesta sexta-feira.

A vantagem de uma forte queda do real frente ao dólar para as usinas brasileiras é que elas podem maximizar retornos em moeda local com vendas do açúcar, cotado em dólares, para cumprir com obrigações como salários, impostos e juros sobre dívidas.

Operadores europeus disseram que operações de hedge por produtores para a safra 2016/17 no Brasil começaram cedo neste ano e seguiram em ritmo acelerado, conforme produtores travaram o retorno de vendas de açúcar na moeda local.

O real atingiu uma mínima recorde de 4,2482 frente ao dólar na quinta-feira, e caiu mais fortemente ante a moeda norte-americana nos últimos meses do que a moeda de qualquer outro dos grandes produtores mundiais de açúcar.

"As usinas estão tirando proveito do real fraco antes da próxima safra", disse o analista sênior para agricultura da Platts, Claudiu Covrig.

Um operador em Londres disse que "as usinas estão buscando fixar o preço da safra 2016/17. É atrativo para os produtores fazer o hedge". Segundo outro operador, a expectativa é de que as usinas brasileiras vendam não mais do que entre 40 e 45 por cento na próxima safra neste momento, e a percepção de uma correlação menor entre o real e o preço do açúcar pode indicar que muito desse travamento de preços já foi feito.

O mercado tem notado uma tensão no preço do açúcar, com a queda do real, que deveria pesar sobre os preços futuros, e preocupações sobre um tempo adverso em diversos produtores, notadamente na Ásia, que apoiam as cotações.

"Todos têm percebido que o mercado está mais altista do que baixista", disse Covrig, da Platts.

Nesta sexta-feira, no entanto, o açúcar bruto registrava alta de mais de 4 por cento em Nova York, com uma recuperação do real ante uma mínima recorde.

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Londres - Vendas antecipadas de açúcar da próxima safra do Brasil progrediram rapidamente devido à queda do real para uma mínima recorde nesta semana, e grande parte do travamento de preços pode já ter sido realizada, disseram operadores europeus nesta sexta-feira.

A vantagem de uma forte queda do real frente ao dólar para as usinas brasileiras é que elas podem maximizar retornos em moeda local com vendas do açúcar, cotado em dólares, para cumprir com obrigações como salários, impostos e juros sobre dívidas.

Operadores europeus disseram que operações de hedge por produtores para a safra 2016/17 no Brasil começaram cedo neste ano e seguiram em ritmo acelerado, conforme produtores travaram o retorno de vendas de açúcar na moeda local.

O real atingiu uma mínima recorde de 4,2482 frente ao dólar na quinta-feira, e caiu mais fortemente ante a moeda norte-americana nos últimos meses do que a moeda de qualquer outro dos grandes produtores mundiais de açúcar.

"As usinas estão tirando proveito do real fraco antes da próxima safra", disse o analista sênior para agricultura da Platts, Claudiu Covrig.

Um operador em Londres disse que "as usinas estão buscando fixar o preço da safra 2016/17. É atrativo para os produtores fazer o hedge". Segundo outro operador, a expectativa é de que as usinas brasileiras vendam não mais do que entre 40 e 45 por cento na próxima safra neste momento, e a percepção de uma correlação menor entre o real e o preço do açúcar pode indicar que muito desse travamento de preços já foi feito.

O mercado tem notado uma tensão no preço do açúcar, com a queda do real, que deveria pesar sobre os preços futuros, e preocupações sobre um tempo adverso em diversos produtores, notadamente na Ásia, que apoiam as cotações.

"Todos têm percebido que o mercado está mais altista do que baixista", disse Covrig, da Platts.

Nesta sexta-feira, no entanto, o açúcar bruto registrava alta de mais de 4 por cento em Nova York, com uma recuperação do real ante uma mínima recorde.

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