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Real desvalorizado estimula venda de açúcar, diz Copersucar

Moeda local desvalorizada torna as vendas do produto, negociado em dólares, mais lucrativas quando convertidas em real

Colheita de cana de açúcar em uma fazenda de Valparaíso, no interior de São Paulo (Paulo Fridman/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2014 às 15h10.

Londres - Um real mais fraco frente ao dólar norte-americano pode encorajar vendas de açúcar brasileiro da próxima safra, disse nesta quarta-feira o diretor financeiro da gigante brasileira Copersucar, Leopoldo Saboya.

A moeda local desvalorizada torna as vendas do produto, negociado em dólares, mais lucrativas quando convertidas em real.

Muitas usinas do Brasil, maior produtor e exportador de açúcar, têm enfrentado dificuldades devido ao preço baixo do adoçante, em meio a um excedente de oferta global, e acumulam dívidas.

"Nesta temporada, a colheita do centro-sul está praticamente encerrada", disse Saboya à Reuters no intervalo de um seminário da Organização Internacional do Açúcar (OIA).

"Para a temporada 2015/16, que começa em abril, ouvimos que há algumas pessoas aproveitando a desvalorização do real para vender a preços futuros", disse o executivo da empresa, maior comercializadora global de açúcar e etanol integrada à produção, com dezenas de usinas associadas.

Saboya disse ver chances de o real permanecer desvalorizado ante o dólar no próximo ano, devido às projeções de que o banco central dos Estados Unidos poderá elevar taxas de juros.

O executivo projetou uma safra de cana no centro-sul do Brasil em 2015/16 praticamente inalterada ante os 565 milhões de toneladas de 2014/15.

O diretor da consultoria Datagro, Guilherme Nastari, disse esperar uma produção entre 560 milhões e 590 milhões de toneladas em 2015/16, ante sua estimativa de 572 milhões de toneladas em 14/15. O seminário de dois dias da OIA termina na quarta-feira.

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Muitas usinas do Brasil, maior produtor e exportador de açúcar, têm enfrentado dificuldades devido ao preço baixo do adoçante, em meio a um excedente de oferta global, e acumulam dívidas.

"Nesta temporada, a colheita do centro-sul está praticamente encerrada", disse Saboya à Reuters no intervalo de um seminário da Organização Internacional do Açúcar (OIA).

"Para a temporada 2015/16, que começa em abril, ouvimos que há algumas pessoas aproveitando a desvalorização do real para vender a preços futuros", disse o executivo da empresa, maior comercializadora global de açúcar e etanol integrada à produção, com dezenas de usinas associadas.

Saboya disse ver chances de o real permanecer desvalorizado ante o dólar no próximo ano, devido às projeções de que o banco central dos Estados Unidos poderá elevar taxas de juros.

O executivo projetou uma safra de cana no centro-sul do Brasil em 2015/16 praticamente inalterada ante os 565 milhões de toneladas de 2014/15.

O diretor da consultoria Datagro, Guilherme Nastari, disse esperar uma produção entre 560 milhões e 590 milhões de toneladas em 2015/16, ante sua estimativa de 572 milhões de toneladas em 14/15. O seminário de dois dias da OIA termina na quarta-feira.

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