Economia

PT tem o desafio de manter o otimismo do mercado; EUA preocupam

São Paulo, 04 de novembro (Portal EXAME) O desafio da semana será manter o mesmo patamar de otimismo que recuperou em parte as perdas do período pré-eleição. A tranqüilidade em relação à vitória de Luiz Inácio Lula da Silva que já era contada como certa e, por isso, já havia sido repassada aos preços do […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h46.

São Paulo, 04 de novembro (Portal EXAME) O desafio da semana será manter o mesmo patamar de otimismo que recuperou em parte as perdas do período pré-eleição. A tranqüilidade em relação à vitória de Luiz Inácio Lula da Silva que já era contada como certa e, por isso, já havia sido repassada aos preços do mercado antes do resultado das eleições pode ser justificada pela transição transparente e por declarações de integrantes do novo governo consideradas positivas pelo mercado. Entretanto, em algum momento, sinais mais concretos, como os nomes dos principais participantes da equipe de transição, precisam ser dados pelo PT. Esta semana, portanto, é crucial para a consolidação na confiança na gestão light de Lula.

Também será crucial nos próximos dias o comportamento do mercado americano. É certo que o cenário externo pouco teve influência no mercado interno nos últimos dias, mas é semana de eleições nos Estados Unidos, além de reunião do Fomc, o Copom americano. As eleições são para renovar o legislativo. Estão em jogo 34 das 100 cadeiras do Senado e todas as 435 da Câmara. Os democratas precisam de mais dez cadeiras para assegurar a maioria na Câmara. No Senado, os republicanos precisam de apenas mais uma para ter o controle.

No dia seguinte ao das eleições, o Fomc (comitê do Federal Reserve) se reúne para decidir o valor da taxa anual de juros do país, que hoje está em 1,75%. De acordo com levantamento feito pela Bloomberg com bancos na semana passada, 59% do mercado americano espera que os juros sejam mantidos e 31% que a taxa caia para 1,5%. Dez por cento dos entrevistados acreditam que irá para 1,25%. Salários reais em queda, desemprego em alta, dólar mais desvalorizado e aumento do déficit justificariam o corte na taxa. Em outubro, o índice Dow Jones subiu 10,60% e a Nasdaq acumulou alta de 13,47%.

Reunião do PT

A Executiva Nacional do PT se reúne hoje para discutir a participação do partido no governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Analistas acreditam que Lula deve transmitir aos integrantes do partido a idéia de que o PT não poderá governar sozinho, mas a discussão de cargos está proibida. "Aliados e alguns petistas defendem que a legenda não abra mão da presidência da Câmara para que Lula possa conduzir suas reformas", afirmam analistas.

A reunião está prevista para começar às às 10h, no Hotel Intercontinental, em São Paulo e terá a presença dos governadores, atuais e eleitos, e prefeitos.

Notícia publicada no jornal "O Globo" desta segunda-feira sugere que o PT discute transformar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) em imposto permanente com alíquota de 0,8% a partir de 2004. A alíquota atual da CPMF é de 0,38% e o imposto arrecada cerca de 20 bilhões de reais por ano e representa 8,4% da arrecadação federal total.

Notícias do final de semana deram conta também que o ministro da Fazenda do governo Lula pode ser alguém do próprio PT, como o coordenador da transição Antônio Palocci Filho. "O ministro da Fazenda de Lula poderá, de fato, vir a ser alguém do PT, mas o presidente do Banco Central tende a ser alguém de fora e com experiência no mercado financeiro, o que, se confirmado, seria bem recebido pelo mercado", afirmam os analistas. A Executiva Nacional do PT se reúne hoje para discutir a participação do partido no governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Analistas acreditam que Lula deve transmitir aos integrantes do partido a idéia de que o PT não poderá governar sozinho, mas a discussão de cargos está proibida. "Aliados e alguns petistas defendem que a legenda não abra mão da presidência da Câmara para que Lula possa conduzir suas reformas", afirmam analistas.

A reunião está prevista para começar às às 10h, no Hotel Intercontinental, em São Paulo e terá a presença dos governadores, atuais e eleitos, e prefeitos.

Notícia publicada no jornal "O Globo" desta segunda-feira sugere que o PT discute transformar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) em imposto permanente com alíquota de 0,8% a partir de 2004. A alíquota atual da CPMF é de 0,38% e o imposto arrecada cerca de 20 bilhões de reais por ano e representa 8,4% da arrecadação federal total.

Notícias do final de semana deram conta também que o ministro da Fazenda do governo Lula pode ser alguém do próprio PT, como o coordenador da transição Antônio Palocci Filho. "O ministro da Fazenda de Lula poderá, de fato, vir a ser alguém do PT, mas o presidente do Banco Central tende a ser alguém de fora e com experiência no mercado financeiro, o que, se confirmado, seria bem recebido pelo mercado", afirmam os analistas.

Indicadores de hoje

No Brasil, será divulgada a balança comercial de outubro, que deve ter superávit em torno de 2,2 bilhões de dólares, segundo expectativas do mercado.

Nos EUA, saem as vendas de veículos de outubro e pedidos para fábricas de setembro.

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