Economia

PT começa a articular apoio com partidos de oposição

O PT começou a articular com candidatos e lideranças da oposicão para unificar forças na disputa do segundo turno com o candidato governista José Serra (PSDB-PMDB). Segundo o presidente do PT, deputado José Dirceu, foram feitos contatos com os presidentes do PSB, Miguel Arraes, e do PDT, Leonel Brizola. Ele também já marcou encontro com […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h43.

O PT começou a articular com candidatos e lideranças da oposicão para unificar forças na disputa do segundo turno com o candidato governista José Serra (PSDB-PMDB).

Segundo o presidente do PT, deputado José Dirceu, foram feitos contatos com os presidentes do PSB, Miguel Arraes, e do PDT, Leonel Brizola. Ele também já marcou encontro com o candidato do PSB, Anthony Garotinho.

"Queremos além de conversar com os partidos ter um discurso para o povo que num primeiro momento não votou no PT... Mas que votaram na oposição. Então vamos convencer essas pessoas. Obviamente será mais fácil convencê-las trazendo para o nosso lado os companheiros que disputaram a eleição conosco", disse o candidato Luiz Inácio Lula da Silva nesta manhã a jornalistas.

Lula iniciou contatos já na noite de domingo, após divulgação de resultado parcial que confirmou a realização de um segundo turno entre ele e Serra. Lula conversou com Ciro Gomes e com o senador José Sarney (PMDB-AP) e deve falar ainda nesta segunda com o governador de Minas Gerais Itamar Franco (sem partido).

"Vamos organizar as oposições para disputar o segundo turno. Tenho certeza que vamos conseguir fazer com que os 76% de brasileiros e brasileiras que votaram no Ciro, no Garotinho e no Lula estejam juntos no segundo turno", disse o presidente do PT José Dirceu a jornalistas. "O país votou nas oposições pelas mudanças", acrescentou.

Ciro declara apoio formal

De acordo com sua assessoria de imprensa, Ciro Gomes (PPS) apoiará o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais. Entretanto, em entrevista coletiva dada pelo petista esta manhã, em São Paulo, a formalização da aliança não foi confirmada.

Lula afirmou aos jornalistas que tem um encontro marcado com Ciro amanhã. O petista afirmou que ainda faltam alguns detalhes a serem definidos, mas caso as negociações tenham sucesso, vai convidar seus dois ex-concorrentes - incluindo Anthony Garotinho - para subirem no palanque do PT nos próximos comícios.

Segundo divulgou o jornal Folha de S. Paulo, Ciro teria tomado a decisão sozinho. Não consultou nem o presidente de seu partido, Roberto Freire, nem os fiadores de sua candidatura, entre eles Leonel Brizola. Considera-se "traído" por todos. Ciro decidiu que o apoio não será meramente formal. Quer engajar-se abertamente na campanha petista, subindo em palanques.

Garotinho impõe restrições ao apoio

Segundo divulgou a agência de notícias Reuters, Garotinho admitiu na segunda-feira a possibilidade de apoiar Lula no segundo turno, mas fez uma imposição ao presidenciável da coligação liderada pelo PT.

"Para receber o nosso apoio, o Lula terá que se livrar das alianças de direita que ele fez. Se ele quiser o nosso apoio, ele vai ter que escolher com quem ele quer andar", disse Garotinho a repórteres, durante visita à Central do Brasil, onde Rosinha celebrava a vitória com 51,2 por cento dos votos válidos no Estado, após 99 por cento da votação apurada.

Depois de tirar uma semana para descansar com sua esposa, Garotinho pretende reunir-se com o partido para definir o apoio no segundo turno.

Horas antes, na segunda-feira, Garotinho culpou as pesquisas eleitorais por não ter chegado ao segundo turno da disputa à Presidência.

"Se não fosse a manipulação das pesquisas, eu talvez chegasse à frente dele (José Serra)", disse ele, apesar de afirmar ter ficado satisfeito com seu desempenho na eleição.

"Fico feliz por ter sido o candidato mais votado no Estado do Rio de Janeiro e por ter chegado em segundo lugar em nove Estados do país. Além disso, no Estado em que eu governei, a minha mulher venceu no primeiro turno", completou.

Economia e mercados

O candidato petista disse ainda que não pretende dedicar os 20 dias da campanha de segundo turno para "acalmar o mercado", pois seus compromissos na área econômica já foram reafirmados em sua carta compromisso, divulgada há cerca de quatro meses. Ele acrescentou que espera que o governo de Fernando Henrique Cardoso mantenha a economia sob controle até o final de seu mandato.

"Não dá para indicar equipe econômica sem ganhar as eleições, primeiro nós precisamos ganhar... Se eu ganhar as eleições eu vou indicar não só a equipe econômica, mas a equipe como um todo...", disse Lula.

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