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Protestos podem não afetar investimento, diz Banco Mundial

Os protestos no Brasil não devem impactar os investimentos na maior economia da AL, dependendo da resposta do governo às demandas sociais, diz Banco Mundial

"Acho que, dependendo das respostas do governo a esses protestos, podemos não ver uma queda no investimento", disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim (REUTERS/Sergio Moraes)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2013 às 09h55.

Santiago - Os protestos nacionais no Brasil não devem impactar os investimentos na maior economia da América Latina, mas isso depende da resposta do governo às demandas sociais, disse o presidente do Banco Mundial , Jim Yong Kim, em entrevista na sexta-feira.

As grandes manifestações das últimas semanas, envolvendo temas como transportes, corrupção e os gastos nos preparativos para a Copa de 2014, abalaram o "establishment" político do Brasil, motivando uma enxurrada de promessas de melhoria dos serviços públicos, além de algumas medidas concretas destinadas a acalmar a situação nas ruas.

"Acho que, dependendo das respostas do governo a esses protestos, podemos não ver uma queda no investimento", disse Kim à Reuters durante visita ao Chile.

Embora louvando os esforços brasileiros de inclusão social, Kim salientou que há grandes reivindicações não atendidas por igualdade de oportunidades.

"Os brasileiros têm estado muito focados. Têm sido muito específicos sobre o que querem. Eles querem melhores hospitais, querem melhores oportunidades educacionais, querem melhores controles sobre os preços, querem preços mais baixos para as passagens de ônibus e outras coisas", disse Kim.

"Os níveis de inflação no Brasil estão relacionados aos protestos que temos. É realmente difícil dizer se esses números vão subir ou descer." A inflação acumulada em 12 meses até junho foi a maior em 20 meses, a 6,7 %, mas aquém do que se previa, o que sustenta a expectativa de que os preços ao consumidor passarão a subir menos depois de uma acentuada desvalorização cambial nas últimas semanas.

Movimentos sociais

A surpreendente inquietação no Brasil deveria levar outros países a examinar a qualidade dos serviços públicos e as oportunidades oferecidas a seus cidadãos, disse Kim.

"Esses movimentos sociais não irão embora. E na minha opinião eles irão simplesmente crescer", disse Kim, referindo-se aos recentes protestos não só no Brasil mas também na Turquia e no Egito.

"Nossa visão no Grupo Banco Mundial é: veja, isso torna ainda mais importante que os países acertem sua macroeconomia, porque acertar a macroeconomia significa que você é capaz de enfrentar crises econômicas", afirmou.

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Santiago - Os protestos nacionais no Brasil não devem impactar os investimentos na maior economia da América Latina, mas isso depende da resposta do governo às demandas sociais, disse o presidente do Banco Mundial , Jim Yong Kim, em entrevista na sexta-feira.

As grandes manifestações das últimas semanas, envolvendo temas como transportes, corrupção e os gastos nos preparativos para a Copa de 2014, abalaram o "establishment" político do Brasil, motivando uma enxurrada de promessas de melhoria dos serviços públicos, além de algumas medidas concretas destinadas a acalmar a situação nas ruas.

"Acho que, dependendo das respostas do governo a esses protestos, podemos não ver uma queda no investimento", disse Kim à Reuters durante visita ao Chile.

Embora louvando os esforços brasileiros de inclusão social, Kim salientou que há grandes reivindicações não atendidas por igualdade de oportunidades.

"Os brasileiros têm estado muito focados. Têm sido muito específicos sobre o que querem. Eles querem melhores hospitais, querem melhores oportunidades educacionais, querem melhores controles sobre os preços, querem preços mais baixos para as passagens de ônibus e outras coisas", disse Kim.

"Os níveis de inflação no Brasil estão relacionados aos protestos que temos. É realmente difícil dizer se esses números vão subir ou descer." A inflação acumulada em 12 meses até junho foi a maior em 20 meses, a 6,7 %, mas aquém do que se previa, o que sustenta a expectativa de que os preços ao consumidor passarão a subir menos depois de uma acentuada desvalorização cambial nas últimas semanas.

Movimentos sociais

A surpreendente inquietação no Brasil deveria levar outros países a examinar a qualidade dos serviços públicos e as oportunidades oferecidas a seus cidadãos, disse Kim.

"Esses movimentos sociais não irão embora. E na minha opinião eles irão simplesmente crescer", disse Kim, referindo-se aos recentes protestos não só no Brasil mas também na Turquia e no Egito.

"Nossa visão no Grupo Banco Mundial é: veja, isso torna ainda mais importante que os países acertem sua macroeconomia, porque acertar a macroeconomia significa que você é capaz de enfrentar crises econômicas", afirmou.

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