Produção de veículos do Brasil em abril tomba 21%
Segundo Anfavea, produção despencou pressionada por recuo nas vendas no mercado interno e nas exportações
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2014 às 16h06.
São Paulo - A produção brasileira de veículos teve fraco desempenho em abril, na esteira da fraca atividade econômica e de menores vendas, e o setor prevê que a tendência de queda se estenda para os próximos meses.
Segundo a Anfavea, entidade que representa as montadoras , a produção de veículos cresceu 1,6 por cento sobre março, mas despencou 21,4 por cento ante mesmo mês de 2013, pressionada por recuo nas vendas no mercado interno e nas exportações.
O setor produziu 277,1 mil veículos no mês passado, segundo maior volume para meses de abril da história, informou nesta sexta-feira a associação das montadoras. De janeiro a abril, a indústria acumula produção de 1,07 milhão de veículos, queda de 12 por cento sobre o primeiro quadrimestre de 2013.
O desempenho já motivou recuo no nível de emprego no setor, que caiu 1,1 por cento em abril ante mesmo mês do ano passado, para 154,2 mil postos de trabalho, segundo os dados da entidade.
Além disso, nas últimas semanas muitas montadoras adotaram medidas para reduzir a produção, diante de acúmulo de estoques em concessionárias e pátios. As medidas incluíram programas de demissão voluntária (PDVs) e redução nas horas trabalhadas.
Até março, o estoque acumulado era de 387,1 mil veículos, equivalente a 48 dias de vendas, número que caiu para 40 dias, ou 392,7 mil veículos.
O presidente da Anfavea, Luiz Moan, disse que o ajuste na produção vai continuar nos próximos meses para adequar o cenário às menores vendas no mercado interno e à queda nas exportações, mas evitou fazer projeções.
"Estamos em fase de redução da produção, mas não dá para saber com vai ser nos próximos dois meses", disse, limitando-se a classificar o atual nível produzido como "extremamente alto".
As vendas de veículos novos no mês passado somaram 293,2 mil unidades, crescimento de 21,8 por cento sobre março e recuo 12,1 por cento no comparativo anual.
Com isso, os licenciamentos acumulam 1,11 milhão de carros, queda de 5 por cento nos quatro primeiros meses do ano, ante previsão da Anfavea para 2014 de crescimento de 1,1 por cento.
Além da fraqueza da economia, a Copa do Mundo no país também deve prejudicar as vendas nos próximos meses, segundo Moan.
No mercado externo, as vendas de abril corresponderam a 36.735 veículos, queda anual de 30,4 por cento. De janeiro a abril foram exportadas 111.928 unidades, recuo de 31,9 por cento no comparativo com o primeiro quadrimestre de 2013.
Em valores, as exportações brasileiras de autoveículos entre janeiro e abril recuaram 21,7 por cento, para 3 bilhões de dólares, segundo a Anfavea.
Segundo Moan, o desempenho de vendas nos próximos meses vai depender dos termos da prorrogação do acordo automotivo com a Argentina e das negociações do governo com bancos para reduzir a seletividade do crédito. "O mercado está muito volátil. Essas negociações vão deixar o cenário mais claro", disse.
Moan evitou comentar o andamento das negociações entre Brasil e Argentina, mas disse que a Anfavea quer a prorrogação do acordo por 2 anos e não por apenas 1, como está sendo delineado pelos dois países.
Por segmentos, a produção de carros e comerciais leves caiu 21 por cento ante abril do ano passado, enquanto a de caminhões despencou 31,6 por cento, e o de ônibus, 8 por cento.
No caso de caminhões, no entanto, a entidade confia que o recente ajuste na linha de crédito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES ajude a dar fôlego às vendas.
São Paulo - A produção brasileira de veículos teve fraco desempenho em abril, na esteira da fraca atividade econômica e de menores vendas, e o setor prevê que a tendência de queda se estenda para os próximos meses.
Segundo a Anfavea, entidade que representa as montadoras , a produção de veículos cresceu 1,6 por cento sobre março, mas despencou 21,4 por cento ante mesmo mês de 2013, pressionada por recuo nas vendas no mercado interno e nas exportações.
O setor produziu 277,1 mil veículos no mês passado, segundo maior volume para meses de abril da história, informou nesta sexta-feira a associação das montadoras. De janeiro a abril, a indústria acumula produção de 1,07 milhão de veículos, queda de 12 por cento sobre o primeiro quadrimestre de 2013.
O desempenho já motivou recuo no nível de emprego no setor, que caiu 1,1 por cento em abril ante mesmo mês do ano passado, para 154,2 mil postos de trabalho, segundo os dados da entidade.
Além disso, nas últimas semanas muitas montadoras adotaram medidas para reduzir a produção, diante de acúmulo de estoques em concessionárias e pátios. As medidas incluíram programas de demissão voluntária (PDVs) e redução nas horas trabalhadas.
Até março, o estoque acumulado era de 387,1 mil veículos, equivalente a 48 dias de vendas, número que caiu para 40 dias, ou 392,7 mil veículos.
O presidente da Anfavea, Luiz Moan, disse que o ajuste na produção vai continuar nos próximos meses para adequar o cenário às menores vendas no mercado interno e à queda nas exportações, mas evitou fazer projeções.
"Estamos em fase de redução da produção, mas não dá para saber com vai ser nos próximos dois meses", disse, limitando-se a classificar o atual nível produzido como "extremamente alto".
As vendas de veículos novos no mês passado somaram 293,2 mil unidades, crescimento de 21,8 por cento sobre março e recuo 12,1 por cento no comparativo anual.
Com isso, os licenciamentos acumulam 1,11 milhão de carros, queda de 5 por cento nos quatro primeiros meses do ano, ante previsão da Anfavea para 2014 de crescimento de 1,1 por cento.
Além da fraqueza da economia, a Copa do Mundo no país também deve prejudicar as vendas nos próximos meses, segundo Moan.
No mercado externo, as vendas de abril corresponderam a 36.735 veículos, queda anual de 30,4 por cento. De janeiro a abril foram exportadas 111.928 unidades, recuo de 31,9 por cento no comparativo com o primeiro quadrimestre de 2013.
Em valores, as exportações brasileiras de autoveículos entre janeiro e abril recuaram 21,7 por cento, para 3 bilhões de dólares, segundo a Anfavea.
Segundo Moan, o desempenho de vendas nos próximos meses vai depender dos termos da prorrogação do acordo automotivo com a Argentina e das negociações do governo com bancos para reduzir a seletividade do crédito. "O mercado está muito volátil. Essas negociações vão deixar o cenário mais claro", disse.
Moan evitou comentar o andamento das negociações entre Brasil e Argentina, mas disse que a Anfavea quer a prorrogação do acordo por 2 anos e não por apenas 1, como está sendo delineado pelos dois países.
Por segmentos, a produção de carros e comerciais leves caiu 21 por cento ante abril do ano passado, enquanto a de caminhões despencou 31,6 por cento, e o de ônibus, 8 por cento.
No caso de caminhões, no entanto, a entidade confia que o recente ajuste na linha de crédito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES ajude a dar fôlego às vendas.