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Produção de petróleo da Venezuela continua estagnada, diz Opep

Relatório aponta que, segundo dados do governo, produção de maio de 2018 fechou em 1,53 milhão de barris por dia, 24 mil a mais que os relatados em abril

Petróleo: produção é a menor em 30 anos e se aproxima da de março de 1950, quando o país produzia 1,38 mbd (Regis Duvignau/Reuters)
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AFP

Publicado em 12 de junho de 2018 às 20h32.

A produção de petróleo da Venezuela , que o governo tenta recuperar, continua estagnada, em seu nível mais baixo em três décadas, segundo relatório da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep).

O relatório aponta que, segundo dados do governo venezuelano, a produção de maio de 2018 fechou em1,53 milhão de barris por dia (mbd), 24 mil a mais que os relatados em abril, 1,5 mbd.

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Contudo,a Opep também apresenta no relatório os dados de produção da Venezuela relatados por fontes secundárias: 1,39 mbd, uma redução de 42 mil barris em relação a abril.

Essa produção é a menor em 30 anos e se aproxima da de março de 1950, quando o país produzia 1,38 mbd, segundo dados da PDVSA citados pela consultoria Capital Market.

Em janeiro passado, o número já havia caído para mínimos históricos em três décadas, quando foi a 1,6 mbd.

A empresa Ecoanalítica estimou que o país petrolífero, afundado em uma de suas piores crises econômicas, poderá fechar este ano com uma produção de 1,2 milhão de barris por dia.

O governo de Nicolás Maduro admite a queda e a atribui à má gestão na petroleira estatal PDVSA - onde vários casos de corrupção vieram à tona - e a investimentos reduzidos em infraestrutura devido à queda nos preços do petróleo nos últimos anos.

Maduro, que também acusou os Estados Unidos de se infiltrarem na PDVSA para destruir a indústria por meio da corrupção, anunciou na semana passada que vai realizar um plano para aumentar a produção de petróleo em pelo menos 1 milhão de barris.

Desde agosto do ano passado, autoridades da Venezuela prenderam 80 funcionários da petroleira, inclusive 22 gerentes e dois presidentes, por supostamente fazer parte de vários "esquemas de corrupção" por pelo menos 40 bilhões.

Os especialistas, por sua vez, vinculam a queda ao financiamento, pela PDVSA, de um déficit fiscal estimado em 20% do Produto Interno Bruto PIB).

O petróleo gera 96% das divisas da Venezuela, que detém as maiores reservas da commodity no mundo e cuja crise combina hiperinflação e escassez de bens básicos.

O país atingiu sua produção máxima em 1970, com 3,78 mbd. Desde então, o nível mais baixo foi em 1987, segundo a OPEP, com uma média de 1,49 mbd no primeiro semestre.

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