Economia

Problemas econômicos devem levar BCE a reduzir taxa de juros

O objetivo dessa medida é dar suporte à economia da zona do euro e complementar medidas acordadas por líderes europeus para lidar com a crise

Sede do Banco Central Europeu em Frankfurt, na Alemanha (Kai Pfaffenbach/Reuters)

Sede do Banco Central Europeu em Frankfurt, na Alemanha (Kai Pfaffenbach/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2012 às 07h53.

Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) deve reduzir os custos de empréstimos para uma mínima recorde nesta quinta-feira, com o objetivo de dar suporte à economia da zona do euro e complementar medidas acordadas por líderes europeus na semana passada para lidar com a crise da dívida do bloco.

Pesquisas econômicas divulgadas na quarta-feira sugeriram que mesmo a potência Alemanha está entrando em uma modesta contração e investidores querem que o BCE tome uma atitude. A expectativa é de um corte de 0,25 ponto percentual em sua principal taxa de juros.

O Conselho de Administração do BCE deu início à reunião às 4h (horário de Brasília) e os mercados financeiros permanecem perto da estabilidade antes da decisão sobre a taxa de juros, que o banco anunciará às 8h45. O presidente do BCE, Mario Draghi, dará entrevista à imprensa a partir das 9h30.

O banco central está sob pressão dos investidores e até mesmo do Fundo Monetário Internacional (FMI) para adotar medidas ousadas, e a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, pediu ao banco que retomasse suas compras de títulos governamentais, um cenário improvável.

A principal taxa de refinanciamento do BCE já está em uma mínima recorde de 1 por cento, e 48 de 71 economistas consultados pela Reuters esperam que o banco faça um corte, com a maioria deles apostando em uma redução de 25 pontos base, para 0,75 por cento. Alguns outros veem uma redução maior.

Um corte da taxa de juros não é visto como uma panaceia para os problemas da zona do euro, que derivam de perda de confiança em finanças estatais e de bancos, mas uma redução nos custos de empréstimos mostraria que o BCE está pronto para injetar vida na economia.

"Não é tanto o efeito real que (um corte de juros) terá", disse a analista do Nordea Aurelija Augulyte. "É mais um jogo psicológico, um jogo de tentar dar suporte ao sentimento." Existe apenas uma pequena chance de o BCE oferecer uma nova rodada de empréstimos de três anos ultrabaratos, com os quais injetou mais de 1 trilhão de euros em bancos em dezembro e fevereiro. Mas o BCE pode reduzir a taxa de depósito que paga aos bancos por deixarem dinheiro com ele de um dia para o outro e que funciona como um piso para o mercado de dinheiro.

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