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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h40.
O setor de energia elétrica vive mais um dia conturbado. Os preços do megaleilão de "energia velha", realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) hoje (7/12) em São Paulo, receberam avaliações controversas pelos analistas especializados.
Estipulados pelo Ministério de Minas e Energia (MME), os preços máximos foram 80 reais/MWh para 2005, 86 reais/MWh para 2006 e 93 reais/MWh para 2007. Alguns analistas afirmaram que o teto de 80 reais é muito baixo, alegando que esperavam até 100 reais o mw/h. Nesse patamar de preço, as geradoras poderão vir a enfrentar queda nas margens de lucro. Apesar disso, outros especialistas argumentaram que 80 reais o mw/h é um valor razoável e que somente preços abaixo de 70 reais o mw/h podem vir a ser prejudiciais.
O megaleilão é visto pelo mercado como a primeira prova de fogo do novo modelo do setor elétrico. "É um capítulo importante no caminho da consolidação do modelo do
setor energético no país", afirma a consultoria Global Invest. Para acalmar as empresas que oferecerão "energia nova" (proveniente de usinas cujo ainvestimento ainda não foi amortizado) em um novo leilão em abril, o governo decidiu organizar esse megaleilão de energia velha. Clique aqui e leia mais sobre a polêmica.
O leilão deve comercializar 60% da produção existente no país e promete movimentar 100 bilhões de reais. A chamada "energia velha" provém das usinas cujos investimentos já foram amortizados. Realizado em três andares do hotel Grand Meliá World Trade Center, o leilão, marcado para as 10h, começou com uma hora de atraso por problemas técnicos com as senhas dos participantes. Não há previsão para o término. A expectativa é que dure cerca de 10 horas. O MME credenciou 18 geradoras para a venda de energia e 35 distribuidoras.